10 de Abril de 2018 às 16:53

Audiência pública vai discutir os prejuízos com as privatizações de empresas públicas, como os bancos

Bancos Públicos

 

Com a intenção de debater os impactos negativos da privatização de instituições públicas, como Caixa Econômica e Banco do Brasil, será realizada a Audiência Pública “Privatizações, o desmonte dos serviços públicos e os prejuízos à população”. A audiência acontece no dia 12 de abril, às 14h, na Assembleia Legislativa, por proposição do deputado estadual Pedro Kemp. 

Empresas públicas como Eletrobras e Petrobras, juntamente com as estatais, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, somaram ao todo, durante os doze meses do ano passado, R$ 28,362 bilhões. Número que representa um aumento de 214% em relação ao ano anterior. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Edvaldo Barros, as empresas públicas, como os bancos, são fundamentais para o desenvolvimento do Estado e do país. “O atual governo vem impondo ataques às empresas públicas, e os bancos públicos não estão fora disso. Além de atender a população, esses bancos garantem investimentos para setores que bancos privados não têm interesse”, relata. 

O Banco do Brasil, por exemplo, é o banco público que mais libera recursos para o financiamento da agricultura familiar, que é responsável por 70% da produção alimentar do Brasil. Já a Caixa Econômica é líder de financiamento da casa própria, com as melhores condições, prazos e taxas de juros. Desde 2009, com o Programa Minha Casa Minha Vida, foram entregues 2,6 milhões de moradias para as camadas de renda mais baixas. 

Desmonte dos bancos públicos

As instituições bancárias públicas estão na mira do governo Federal, que vem enfraquecendo a função pública dessas empresas. Na Caixa e no Banco do Brasil, reestruturações e programas de desligamento voluntário intensificaram a falta de bancários nas agências e a sobrecarga de trabalho. Além disso, o fechamento de agências mostra a intenção de diminuir o papel destes bancos. 

Em 2017, o Banco do Brasil obteve lucro de R$ 11,1 bilhões, e a Caixa Econômica Federal, de R$ 12,5 bilhões. Mesmo assim, no início de 2018, a direção dos dois bancos anunciaram programas de desligamento de funcionário e, no caso da Caixa, é o terceiro processo em apenas 12 meses, o que demonstra com clareza a meta de enxugar o quadro de funcionários, que antes era de 101 mil e agora beira os 88 mil empregados. 

Em defesa dos bancos públicos

Os bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, são essenciais para o desenvolvimento do País e também para o crescimento de muitos setores da nossa economia. Essas instituições são responsáveis por financiar e gerir programas sociais e viabilizar políticas públicas. 

Os bancos públicos:

- Facilitam acesso à universidade

Programas como o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), que tem como agentes financeiros a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, têm facilitado o acesso ao ensino superior em universidades privadas. Os beneficiários do programa só começam a pagar o que devem um ano e meio após a formatura. 

O número de vagas ofertadas pelo FIES saltou de 76 mil estudantes, em 2010, para 2,2 milhões em 2015. Dentre os acadêmicos, 76% vieram de escolas públicas e 59% são mulheres. 

- São responsáveis por 70% dos financiamentos da agricultura familiar

A agricultura familiar é a principal responsável pela comida que chega à mesa dos brasileiros. O setor corresponde a 70% da produção de alimentos no país e é financiado basicamente por bancos públicos, já que os privados quase não ofertam esse tipo de crédito. 

Cerca de 70% do volume dos créditos concedidos aos pequenos agricultores vieram do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste, que facilitam o acesso ao crédito por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). 

Hoje, as taxas de juros da agricultura familiar financiadas por essas instituições variam de 2,5% a 5,5% ao ano. Sem os bancos públicos, esse percentual sobe para 70%, ou seja, a comida seria muito mais cara. Este tipo de financiamento contribui ainda para a manutenção de 12 milhões de empregos gerados pelo setor. 

- Reduz déficit habitacional

A instituição que mais contribui para amenizar o problema do déficit habitacional é a Caixa Econômica Federal, com o programa “Minha Casa Minha Vida”. Desde 2009, foram entregues 2,6 milhões de moradias para a população de baixa renda. 

A Caixa é líder desse mercado porque oferece as melhores condições, prazos e taxas de juros. Sem programas como “Minha Casa Minha Vida”, o financiamento da casa própria será muito mais caro. A instituição financeira também concede empréstimos para os compradores dos imóveis. 

SEM OS BANCOS PÚBLICOS:

  • o financiamento da casa própria vai ficar mais caro;
  • menos estudantes vão cursar o ensino superior;
  • a comida vai chegar mais cara à mesa do brasileiro;
  • o País será mais carente em infraestrutura;
  • menos investimentos em setores produtivos.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEB-CG

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