14 de Março de 2018 às 09:53

Bancários são feitos reféns e continuam trabalhando

Bradesco

Imagine você ser feito de refém em um assalto a uma agência bancária, sofrer ameaças com armas de fogo, e ainda assim ter de voltar ao trabalho e continuar com suas atribuições como se fosse um dia normal. Foi essa situação absurda que enfrentaram bancários de uma agência do Bradesco na Grande São Paulo. 

“A situação é desumana. O assalto ocorreu por volta das 11h30. Bancários foram feitos reféns, ameaçados, passaram por uma situação de grande estresse. Soube do ocorrido e vim até a agência. Pelo menos até as 17h30 os funcionários ainda estavam trabalhando, mesmo com a agência fechada. Faziam inclusive a verificação das máquinas do autoatendimento, roubadas no momento do abastecimento. Não tinham nem mesmo almoçado”, relata a dirigente do Sindicato de São Paulo e bancária do Bradesco, Fernanda Reis. 

Após o assalto, um dos trabalhadores precisou de atendimento médico e o SAMU foi acionado. Outro desmaiou. Os assaltantes fugiram do local antes da chegada da polícia. 

O sindicato cobra esclarecimentos do Bradesco sobre o fato de que bancários feitos reféns não terem sido dispensados do trabalho, que o banco reveja os procedimentos de segurança na agência assaltada e que a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) seja emitida para todos os funcionários da unidade.

“A Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários assegura que, no caso de assaltos, todos os bancários devem ter assegurado o direito a atendimento médico e psicológico. É inadmissível que continuem trabalhando. É a saúde dos trabalhadores que está sendo colocada em risco. Além disso, é obrigação do banco emitir a CAT a todos os trabalhadores que foram vítimas do assalto”, diz Fernanda, reforçando que o Sindicato vai acompanhar de perto a situação dos bancários envolvidos e as medidas que o banco vai tomar em relação a saúde e bem-estar dos mesmos.

Fonte: SEEB/São Paulo

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