25 de Outubro de 2007 às 11:22

Cresce lucro líquido dos 6 maiores bancos do País

Os seis maiores bancos do País – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, ABN Real e Unibanco – registraram no primeiro semestre deste ano um aumento de 13,9% em seu lucro líquido, conforme estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

 

Os números mais impressionantes foram atingidos no Itaú e no Bradesco, onde os valores superaram os R$ 4 bilhões e foram confirmados pelo banco ainda no primeiro semestre. Na seqüência aparece o Banco do Brasil, com R$ 2,5 bilhões em sua base não recorrente – com a base recorrente, que considera efeitos excepcionais no resultado contábil, o total chega a R$ 2,9 bilhões, um avanço de 84% em relação ao desempenho do primeiro semestre de 2006 (quando o lucro líquido chegou a R$ 1,6 bilhão).

 

O BB é o único banco a apresentar um resultado pior que o do ano anterior – quando os lucros chegaram a R$ 3,9 bilhões, o maior do sistema nacional naquele período. Mesmo assim, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú tiveram juntos um lucro líquido de R$ 14,9 bilhões, ou 60% de todo o faturamento líquido do sistema financeiro nacional no primeiro semestre deste ano.

 

Nos quatro maiores bancos privados, foram registradas receitas extraordinárias, que chegaram a R$ 83 milhões no ABN Real, e a R$ 436 milhões nos três restantes. Nos demais bancos, os lucros registrados chegaram a R$ 1,7 bilhão na Caixa Econômica Federal, R$ 1,4 bilhão no Unibanco e R$ 1,3 milhão no ABN.

 

Serviços – O Dieese também apontou que as RPSs (Receitas com Prestação de Serviços) nesses seis bancos registraram um grande avanço no primeiro semestre deste ano: o crescimento médio foi de 16,8%, resultando em uma arrecadação de R$ 21,9 bilhões junto aos clientes.  O valor supera com folga o total de despesas com pessoal (R$ 15,8 bilhões), que avançaram 10,6% no primeiro semestre.

 

No Itaú e no Bradesco, pela primeira vez, essas receitas excederam o resultado global com tesouraria, perdendo apenas para as receitas com operações de crédito. Nas demais instituições, a Receita com Prestação de Serviços segue como a terceira maior fonte de lucro.

 

No Banco do Brasil, a RPS no primeiro semestre deste ano foi de R$ 4,8 bilhões, enquanto as despesas com pessoal chegaram a R$ 4,4 bilhões.  No ABN Real e no Unibanco, o total arrecadado foi de R$ 1,8 bilhão em cada instituição, para um gasto com pessoal de R$ 1,3 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente. Na Caixa, a prestação de serviços “pagou” integralmente as despesas com o funcionalismo: foram R$ 3,4 bilhões arrecadados e R$ 3,4 bilhões gastos com os servidores.

 

Itaú e Bradesco, mais uma vez, aparecem com os resultados mais impressionantes quanto ao desempenho nesse quesito. No Itaú, arrecadou-se R$ 5 bilhões em RPS, enquanto as despesas com servidores chegaram a R$ 2,6 bilhões – pouco mais da metade do faturado. Já o Bradesco contabilizou R$ 5,2 bilhões em RPS, e gastos de R$ 3,1 bilhões com despesas de pessoal.

 

PLR – O pagamento da Participação nos Lucros e Resultados acompanhou em maior ou menor proporção a evolução do lucro líquido nesses bancos, com exceção da Caixa Econômica Federal, onde o lucro líquido do banco cresceu 27,7%, porém, foi registrado redução em 14,4% nessa despesa. Assim, a CEF apresentou a menor relação entre PLR e lucro líquido (4%).

 

No caso do Banco do Brasil, houve recuo de 36,3% no lucro líquido da instituição, que levou a uma redução também na PLR na mesma proporção. A participação da PLR sobre o lucro líquido permaneceu em 12,8%.

 

O maior aumento ocorreu no Real (39,5%), equivalente a 15,9% o lucro líquido, percentual que chegou a 15,8% no Unibanco. No Itaú e no Bradesco, a participação da PLR sobre o lucro líquido ficou em 6,2% e 6,4%, respectivamente.

 

O estudo completo do Dieese pode ser acessado através do link http://www.dieese.org.br/notatecnica/notatec53LucroBancos.pdf.

 

Secretaria de Imprensa e Comunicação

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