17 de Agosto de 2018 às 14:20

Fenaban não traz proposta e negociação continua na próxima terça-feira

Campanha Nacional

Contradizendo o compromisso assumido na entrega da pauta de reivindicações, dia 13 de junho, de que pretendiam concluir um acordo com rapidez, os bancos mais uma vez frustraram a expectativa dos bancários e não apresentaram nenhuma nova proposta na rodada de negociação desta sexta-feira (dia 17) – a sétima da Campanha Nacional 2018. Diante da cobrança do Comando Nacional dos Bancários, ficou acertado que as negociações continuarão na terça-feira (dia 21) e só serão encerradas quando houver uma proposta de acordo ou se chegarem a um impasse, para, em qualquer dos casos, ser submetido à decisão das assembleias da categoria em todo o país.

"Tínhamos a expectativa que a Fenaban apresentasse uma proposta hoje que pudesse significar algum avanço nas negociações, o que não aconteceu. Então, criamos esse calendário de negociação para semana que vem, iniciando na terça-feira, acreditando que possa se resolver através do diálogo. Após essa rodada, teremos uma proposta positiva ou negativa que será levada aos bancários para apreciação e deliberação com seus encaminhamentos, portanto, a categoria tem que continuar mobilizada", ressaltou o presidente do SEEBCG-MS e membro do Comando Nacional dos Bancários, Edvaldo Barros.

O Comando ainda convoca os bancários para a Semana Nacional de Luta a partir da segunda-feira, dia 20, para pressionar os banqueiros a apresentarem uma proposta global que contemple as reivindicações da categoria.

Os representantes dos bancários abriram a reunião informando que a proposta da Fenaban apresentada no dia 7 de agosto, de apenas repor a inflação sobre todas as verbas salariais (estimada em 3,79% de 1º de setembro de 2017 a 31 de agosto de 2018), foi rejeitada por unanimidade nas assembleias de todas as bases sindicais do país, por considerá-la incompleta e insuficiente, uma vez que não contemplava aumento real nem proteção ao emprego, manutenção das conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.

“A categoria bancária deixou claro nessas assembleias que quer aumento real, garantia de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e de que não serão substituídos por trabalhadores terceirizados, intermitentes, PJs, temporários. Também estão preocupados com a ultratividade (manutenção dos direitos até a assinatura de um novo acordo). E nada disso foi apresentado pelos bancos até agora”, ressaltou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.

“Continuamos o processo de negociação, no qual reiteramos à Fenaban que não abrimos mão de nenhum de nossos direitos e que queremos garantir todas as nossas cláusulas anteriormente conquistadas, e que estão na Convenção Coletiva, e garantir aumento real. Negociação continua na semana que vem e os bancários precisam continuar atentos e mobilizados”, afirmou Clodoaldo Barbosa, presidente do Sindicato dos Bancários do Mato Grosso e que, nesta sexta-feira, representou a Fetec-CUT/CN na mesa de negociação com os bancos.

“Ainda deixamos claro mais uma vez à Fenaban que qualquer proposta para a categoria tem que contemplar os colegas dos bancos públicos e que só aceitaremos um acordo que envolva todos os bancários”, acrescentou Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN .

“Ou apresentam proposta decente com aumento real e manutenção dos direitos, ou estarão empurrando a categoria para a greve. O setor tem excelentes resultados há anos. Podem pagar aumento real e não há nenhum motivo para demitir, retirar direitos ou precarizar os empregos bancários. Para fechar a campanha, queremos ter essas garantias e esperamos que na semana que vem a proposta dos bancos atenda a essas reivindicações fundamentais para a categoria, e plenamente factíveis para os bancos”, finalizou Juvandia.

O que os bancários querem:

˃ Aumento real de 5%;
˃ PLR de três salários mais R$ 8.546,64 fixos para todos;
˃ Pisos salariais:
• R$ 3.747,10 para portaria, contínuos, serventes e escritório
• R$ 5.058,59 para caixas, operadores de atendimento, empregados de tesouraria, analistas de crédito e os que efetuam pagamentos e recebimentos
• Primeiro comissionado: R$ 6.370,07 (incluindo gratificação de função)
• Primeiro gerente e técnico de TI: R$8.430,98 (incluindo gratificação de função)
˃ Assinatura de pré-acordo para estender a validade da Convenção Coletiva (que expira em 31 de agosto) até que novo acordo seja firmado, garantindo assim a manutenção de todos os direitos da categoria;
˃ Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
˃ Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações e ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
˃ Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 954,00 (salário mínimo nacional);
˃ Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, garantindo salários iguais para as mesmas funções, preservando a isonomia salarial;
˃ Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
˃ 14º salário;
˃ Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
˃ Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

Fonte: Fetec-CUT/CN e Contraf-CUT

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