6 de Julho de 2020 às 09:24

Mesmo com pandemia do coronavírus, Santander demite bancários em Campo Grande

Pandemia

O Santander continua agindo com irresponsabilidade sobre a saúde e vida de seus funcionários. Com o crescente número de casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul, o banco já soma 14 casos positivos para a Covid-19 em Campo Grande, cinco agências fechadas e, para piorar, duas gerentes foram demitidas.

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e região já vinha denunciando as medidas adotadas pelo Santander, pois o banco descumpre acordo com as entidades sindicais de que não demitiria bancários durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.

A presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, afirma que todas as medidas legais serão tomadas porque é desumano demitir um bancário em plena pandemia.

“É desumano que os bancários tenham que se preocupar com metas abusivas e demissões no meio de uma pandemia. O sindicato está acompanhando de perto a situação nas agências, mas o desrespeito do Santander é a nível nacional, o número de demissões e infectados vem aumentando consideravelmente. Vamos continuar cobrando que o banco volte atrás e cumpra o acordo que fez com a categoria”, afirma.

As duas gerentes foram demitidas na última semana com alegação de fraco desempenho. Em mesa de negociação no início da pandemia, o Santander havia se comprometido, junto com outros bancos, que as metas seriam cobradas com razoabilidade, para garantir segurança e a saúde física e emocional dos bancários. No entanto, a realidade que vem sendo encarada pelos trabalhadores é bem diferente: há denúncias de aumento brutal da cobrança de metas e produtividade nas agências e demais locais de trabalho.

Na reunião com o COE Santander realizada na última quarta-feira, 1 de julho, o banco não aceitou qualquer tipo de negociação para cessar as demissões e a política abusiva de cobrança de metas e, pior do que isso, tratou as demissões neste momento de pandemia como ajustes naturais para que o banco se torne competitivo.

Vale ressaltar que mesmo no meio de uma crise de saúde e econômica, o banco registrou lucro líquido gerencial de R$ 3,85 bilhões nos três primeiros meses do ano, crescimento de 10,5% na comparação com o mesmo período de 2019.

Para o secretário de Imprensa e Comunicação do sindicato e bancário do Santander, Vicente Cleber Rodrigues, é inadmissível que os bancários sejam aterrorizados pelo cumprimento de metas quando o número de infectados e demissões só cresce.

“O banco não se preocupa com a saúde dos bancários, em Campo Grande o número de casos positivos tem crescido muito rápido nas agências do Santander por irresponsabilidade da direção. Além disso, mesmo durante a pandemia, os bancários estão sujeitos ao cumprimento de metas abusivas, e quem descumpre pode ser demitido.Não há justificativas para estas demissões, pois o lucro do banco continua com crescendo consideravelmente”, pontua.

Desde o início da pandemia, 30 trabalhadores de banco testaram positivo para coronavírus em Campo Grande e região.

Denuncie

O sindicato continua monitorando os locais de trabalho e pede que os bancários continuem denunciando as situações de risco para que possa tomar as medidas cabíveis. As denúncias podem ser feitas diretamente para o sindicato no e-mail [email protected] ou para algum dirigente sindical.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS

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