BRB

22 de Agosto de 2018 às 10:05

BRB quer acabar com a incorporação de função

Negociação

Assim como ocorreu na negociação com a Fenaban (Federação dos Bancos), as negociações com o BRB não avançaram e chegou a um ponto de impasse: a cláusula que trata da incorporação de FG e AG, que é incorporada pelo funcionários com 10 anos ou mais no exercício da função. 

O banco afirmou categoricamente que quer acabar com a incorporação, já liquidada pela nova lei trabalhista. Diretores do Sindicato de Brasília e da Fetec/CUT/CN reforçaram a necessidade de manutenção da cláusula e que os empregados com direito à incorporação não podem ser prejudicados com a fragilização das relações de trabalho. 

“O banco alega que faz isso porque agora a legislação trabalhista permite, e que isso é para diminuir despesas. Ora, é descabida essa argumentação, pois se ao banco não for possível de perceber se o empregado é adequado ou não a uma FG ou AG em 10 anos, o problema não é a incorporação, é a gestão que é incompetente. É no mínimo justo que, após 10 anos exercendo uma FG ou AG, o bancário não sofra redução de remuneração caso o banco queira retirá-la”, declara Daniel de Oliveira, diretor do Sindicato de Brasília.  

“Até porque, para quem já incorporou, fica como está. E para o futuro, somente ocorrerá a retirada de quem o banco quiser perseguir, pois em uma gestão séria, quem tem capacidade não precisa ser rebaixado ou descomissionado”, complementa Ronaldo Lustosa, também diretor do sindicato. 

Outros pontos foram discutidos na negociação. A seguir o Sindicato apresenta um resumo: 

- reajuste de salários e auxílios diversos – aplicar o percentual pactuado com a Fenaban; 

- adicional por tempo de serviço – o banco mantém; 

- adicional noturno – o banco quer retirar do acordo e pagar somente o que a CLT determina, o que significa rebaixar o adicional para os empregados do BRB; 

- isenção de cobrança de até 7 transferências eletrônicas e 11 saques – o banco mantém; 

- programa de alimentação do trabalhador (auxílio alimentação/refeição) – o banco mantém, inclusive a 13ºª cesta alimentação; 

- reembolso escolar, todas as modalidades – o banco mantém; 

- auxílio academia, auxílio natalidade, auxílio funeral – o banco mantém; 

- Vale Cultura – o banco quer acabar com o Vale. O Sindicato de Brasília defendeu a manutenção da cláusula que atende a aproximadamente 400 bancários, ou alternativamente, incorporar o valor ao VP. O banco ficou de dar resposta; 

- juros sobre o cheque especial de 3,2% - o banco mantém, porém o Sindicato reivindicou a redução do percentual para 1,5%, visto que a taxa Selic caiu bastante nos últimos dois anos. 

PLR para a TI    

Na negociação o Sindicato cobrou do banco uma posição definitiva sobre o pagamento corrigido da PLR para os analistas de TI ocupantes de função comissionada, considerando o VP de analista de TI somado à gratificação. Quanto aos analistas de TI ocupantes da função de analistas, o BRB afirmou que terão o pagamento da PLR corrigido já agora referente ao primeiro semestre de 2018. Quanto aos outros analistas de TI ocupantes de outras funções, o banco nega a reivindicação, assim como nega correção semelhante para o consultor jurídico adjunto.   

Desconto da greve geral 

O Sindicato reivindicou mais uma vez a devolução do desconto referente à greve geral de 30 de junho de 2017, propondo inclusive a retirada da ação trabalhista hoje em curso. O banco nega e afirma que aguardará a decisão judicial. 

Por fim, o banco apresentou a proposta de unificação das funções de gerente de Negócio, analista e especialista, fixando como FG o menor valor (júnior), porém mantendo a remuneração dos que hoje recebem valores superiores como verba de caráter pessoal. O Sindicato irá debater a proposta em negociações futuras. 

Novas rodadas 

Ficaram agendadas mais três rodadas de negociação, para os dias 21, 22 e 24 de agosto. Nelas, entre outros assuntos, o banco ficou de apresentar proposta sobre jornada de trabalho, incluindo banco de horas e novo modelo de PLR para 2019. 

“Foi frustrante a negociação. O banco não sinalizou positivamente, e mais uma vez, insiste em retirar conquistas. Temos de estar atentos e mobilizados para reverter esta postura intransigente”, descreve Ivan Amarantes, diretor da Fetec-CUT/CN. 

Participaram também da negociação os empregados do BRB e diretores do Sindicato Eustáquio Ribeiro, Samantha Sousa e Raquel Lima, e também a diretora da Fetec/CUT/CN Cida Sousa. 

Fonte: SEEB/Brasília

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