27 de Maio de 2019 às 08:44

Entre janeiro e abril, bancos eliminaram 1.720 postos de trabalho

Desemprego

Márcio Baraldi

Nos primeiros quatro meses do ano, o setor bancário eliminou 1.720 postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Ministério da Economia.

No ano passado, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander lucraram R$ 85,9 bilhões, crescimento de 16,2% em relação a 2017, quando essas empresas que respondem por 90% dos empregos bancários no país lucraram R$ 74 bilhões.

“Os bancos que já publicaram seus balanços trimestrais (Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil) tiveram lucros superiores ao mesmo período do ano passado e também em relação ao último trimestre de 2018, ano de resultados recordes no setor financeiro. Ao invés de colaborar para a retomada econômica do país, uma vez que possui todas as condições para isso, o setor financeiro agrava a já altíssima taxa de desemprego, pratica juros extorsivos e defende a reforma da Previdência, que acaba com a aposentadoria pública, solidária e para todos. Sobra ganância e falta responsabilidade social ao setor”, critica a diretora do Sindicato Erica Oliveira.  

Rotatividade 

Como se não bastasse cortar postos de trabalho em um cenário de alto desemprego no país, os bancos ainda lucram com a rotatividade, demitindo bancários que ganham mais e contratando funcionários com salários mais baixos. De janeiro a abril, os bancários que ingressaram no setor recebiam em média 67% do que ganhavam os que foram desligados dos bancos. 

Desigualdade de gênero 

Outro dado que chama a atenção no recorte do setor bancário no Caged é a desigualdade de gênero. Nos quatro primeiros meses de 2019, as mulheres que ingressaram no setor recebiam em média 77% dos homens contratados no mesmo período. Entre os desligados, as mulheres recebiam em média 71% da remuneração dos homens desligados dos bancos. 

Na última Campanha Nacional Unificada dos Bancários, no ano passado, a categoria conquistou a realização de um novo Censo da Diversidade, que deve iniciar este ano. O censo é uma ferramenta importante no combate às desigualdades de gênero e raça no setor bancário e para a promoção de políticas de igualdade de oportunidades para mulheres, PCDs (pessoas com deficiência) e negros.

Fonte: SEEB/São Paulo

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