30 de Abril de 2013 às 07:44

Cuidado com a diretoria do BB!

ARTIGO

A atual diretoria será lembrada por praticar tortura (psicológica) e faltar com a verdade!

Esta é a realidade de sofrimento dos bancários do Banco do Brasil dentro dos ambientes de trabalho: eles têm sua saúde física e mental desgastada ao longo de jornadas de trabalho sem pausas para descanso; um ritmo de trabalho acelerado e medido a cada minuto, com metas de produtividade inalcançáveis, sempre crescentes; convivem com o risco e o temor de assaltos e sequestros; são submetidos à avaliação de desempenho apenas para serem punidos; são vigiados por “mecanismos extras” para medir quem bateu as metas impostas e expor aqueles que não conseguiram, favorecendo a prática do assédio moral.

Não bastasse tudo isso, o espaço para diálogo com os funcionários da ativa (o folhetim de pessoal, assinado pelo arauto da confraria) é utilizado pela diretoria diariamente para torturar psicologicamente, ameaçar, tripudiar da inteligência e, além disso, faltar com a verdade e o respeito para com a representação dos trabalhadores. 

Você conhece bem essa Diretoria Executiva do BB? Pois bem, vamos recapitular. Essa é a mesma diretoria que:

paga, exclusivamente aos seus próprios membros, salário médios de R$ 50 mil, inflados por licença prêmio, férias e abonos (e mesmo assim ainda se ausentam do trabalho), por serem estatutários;

recebe até 10 salários de bônus para “arrancar o couro” do funcionalismo com metas abusivas*;

pagou, em dezembro 2012, a um vice-presidente verbas rescisórias no valor R$ 2,2 milhões, via PAET, para este se desligar/aposentar;

tem um seguro especial pago pelo Banco do Brasil para praticar “atos de gestão” (uma espécie de “licença para matar”) que causem prejuízo ao próprio banco;

afirmou que não vai contratar trabalhadores para repor aposentadorias e/ou recompor as horas de trabalho abertas com a redução de jornada legal dos bancários, como está planejado no BB Ecoeficiência (este “Eco” significa repetição, não ecologia);

endeusa o pagamento da PLR, sobrevalorizando-a e assim reduzindo a importância do salário no debate diário das pessoas;

não paga substituições nem horas extras devidas e frauda o contrato de trabalho com a lateralidade e com as “Funções de Confiança” (com jornada ilegal de 8 h);

reduziu o valor de todas as gratificações com a criação de novas funções para as pessoas que exercem o mesmo trabalho de antigamente, destruído a importância do Plano de Cargos e Remuneração - PCR e a Meritocracia, por consequência;

não cumpre nem a convenção coletiva nem o acordo coletivo de trabalho quando permite a criação de ranking e obriga trabalhadores a folgar sem planejamento;

corta férias e abonos planejados para demonstrar sua “autoridade” e perseguir grevistas ou quem não tem “Sinergia”;

demite, descomissiona e discrimina quem requer seus passivos trabalhistas na justiça;

persegue funcionários antigos (pré-aposentadoria) ou que ganham salário bruto maior que o Valor de Referência da função – VR;

para apurar uma denúncia na Ouvidoria agora exige “provas”;

acabou com o BB 2.0 sem completar metade do planejado;

implantou um PSO sem o correto planejamento de dotação de caixas;

permite às superintendências manipular os funcionários das dependências, via mensagens e torpedos, ou levando-os para centrais clandestinas de crédito;

insiste em notificar o Sindicato para não criticá-la, contrariando a liberdade de imprensa e de expressão;

faz opção de não negociar, por um lado, e, por outro, entrar com interditos proibitórios para liberar entradas e ameaçar os trabalhadores que aderirem à greve;

reestrutura a própria reestruturação e transfere os setores, tratando as pessoas como mobiliário, máquinas ou utensílios, etc.

Lucro

Sobre o lucro do banco no segundo semestre de 2012, cabe dizer que houve o reconhecimento de ganhos/perdas atuariais no próprio período em que foi realizado o cálculo atuarial, conforme permitido pela Deliberação CVM n.º 600/2009. Porém, se fossem adotados pronunciamentos Contábeis Recentemente Emitidos, por meio da Deliberação nº 695/2012, de 13.12.2012, que a CVM recepcionou no pronunciamento técnico CPC 33(R1), em 31.12.2012, haveria um impacto negativo nas demonstrações contábeis de R$ 4,5 bi, passando o lucro real de 2012 para cerca de R$ 8 bilhões.

Cabe esclarecer ainda que as alterações na cláusula da PLR (divulgadas no boletim pessoal de 29 de abril) coincidem com a posse do atual diretor de gestão de pessoas, que reduziu, no segundo semestre de 2011, em mais de R$ 300 a PLR dos escriturários e caixas, e queria reduzir mais R$ 290 no primeiro semestre de 2012, utilizando-se da cláusula construída em 2010, que seguia a tradição e a boa fé presentes em negociações anteriores, mas essa história podemos detalhar outro dia...

Eduardo Araújo é diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília

  

* Pagamento Baseado em Ações - Em novembro de 2011, a direção do BB aprovou pagamento, em ações ou instrumento baseado em ações, de remuneração variável aos membros da Diretoria Executiva em que estes receberiam, a título de bonificação anual relativa ao exercício de 2011, até 8 salários, de acordo com o atingimento da meta de Retorno Sobre o Patrimônio Líquido - RSPL, fixada em 20%. Em função do percentual de atingimento da meta, o banco destinou naquele ano R$ 3,5 milhões. Para o exercício de 2012, de acordo com o montante global aprovado pela Assembleia Geral Ordinária de 26.04.2012, o banco provisionou R$ 16,3 milhões, valor equivalente a 10 honorários por beneficiário, para pagamento de remuneração variável aos membros da Diretoria Executiva.

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