25 de Junho de 2013 às 10:16

Bancários de Campo Grande-MS participam da mobilização internacional dos bancários do HSBC

MOBILIZAÇÃO

Funcionários latino-americanos se mobilizam contra abusos da instituição britânica; negociações entre dirigentes e o banco ocorrerão em breve

Os bancários do HSBC de diversos países da América Latina, inclusive os de Campo Grande-MS protestam nesta terça (25) pelo fim das demissões e das metas desumanas; melhores condições de trabalho; mais valorização dos trabalhadores e respeito aos clientes. Na base do Sindicato, as manifestações serão em agências e concentrações.

Mesmo tendo lucrado R$ 1,225 bilhão em 2012 e experimentado crescimento de 9,6% em relação a 2011, o banco britânico demitiu cerca de 2 mil trabalhadores no ano passado. Os números são relativos ao Brasil.

Para o dirigente sindical e funcionário do HSBC Sérgio Siqueira, a instituição pratica uma inexplicável rotatividade de mão de obra, que não se repete em nenhum outro país. “Ou seja, o banco manda o lucro para a Inglaterra e deixa aqui no Brasil e no restante da América Latina o  desemprego e a precarização”.

O dirigente ressalta que o quadro reduzido de funcionários faz com que os bancários sejam obrigados a trabalhar no limite, não conseguindo atender à demanda dos clientes. “Para piorar, quando um adoece por problemas psicológicos, Ler/Dort  ou outras causas, o descaso do RH é absurdo, sem  contar o aumento abusivo do valor do plano de saúde”.

Pauta de reivindicações – Os representantes dos trabalhadores entregaram, no dia 19, à direção da empresa a pauta de reinvindicações específica. “Esperamos que haja bom senso e sensibilidade para a solução dos problemas nas negociações. Nós, funcionários do HSBC, exigimos valorização já”, afirma Sérgio.

Organização internacional – A mobilização foi acordada em reunião da UNI Américas, ocorrida no início de maio, no Paraguai, entre dirigentes sindicais de diversos países do continente, como Argentina, Brasil, Colômbia, México, Paraguai e Uruguai. A UNI Américas é o braço continental da UNI-Sindicato Global, que representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em todos os continentes, entre eles os bancários.

“É solicitada a solidariedade em nível internacional para a grave situação de todos os funcionários do HSBC e o estado de alerta e mobilização de todos os sindicatos filiados, com o único objetivo de proteger todos os trabalhadores e seus direitos”, diz trecho do texto final do encontro.

“Em toda América Latina o HSBC desrespeita os trabalhadores e toma decisões de forma unilateral, tolhendo benefícios já conquistados e colocando em risco a saúde dos trabalhadores, através da sobrecarga. Por isso uma organização internacional é fundamental para enfrentar esses problemas. Juntos somos fortes e outras manifestações virão até que sejamos respeitados”, completa o dirigente sindical Sérgio Siqueira.

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