26 de Setembro de 2013 às 14:10

CUT-MS repudia atitude truculenta e falta de respeito do Banco do Brasil

CAMPANHA NACIONAL 2013

Andréia Cercarioli

A CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul) repudia a atitude do Banco do Brasil, em forçar através do interdito proibitório contra o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, instrumento jurídico por meio do qual os bancos tentam forçar os bancários a voltar ao trabalho, desrespeitando o legítimo direito de manifestação dos trabalhadores.

Em repúdio ao interdito proibitório, dirigentes da CUT-MS, protestaram hoje (26) no Banco do Brasil, da avenida Afonso Pena com a rua 13 de Maio, em Campo Grande -MS. Durante o protesto, superintendentes e gerentes chamaram a Polícia Militar, para que os dirigentes se retirassem de dentro das dependências do banco. Intransigência, truculência, falta de respeito com funcionários e sindicalistas, essas são as palavras para expressar a postura do Banco do Brasil diante das reivindicações dos bancários.

Os dirigentes da CUT-MS levaram um caixão em protesto simbólico e enterrou as pretensões do Banco de querer intimidar o sindicato e os trabalhadores que estão em greve, fazendo valer assim, o direito ao protesto pacífico, contra a sanha do lucro pelo lucro dos bancos. 

Para Genilson Duarte, presidente da CUT-MS, o ato de hoje teve como objetivo “prestar solidariedade aos trabalhadores, após o interdito proibitório acionado pelo Banco do Brasil. Devido ao impedimento do sindicato, a CUT vem cumprir seu papel na luta, estamos aqui para defender a pauta dos trabalhadores bancários, que buscam melhores condições de trabalho, melhores salários, pela humanização dos bancos, sobretudo no atendimento à população e pela derrubada da PL 4330 das terceirizações”.    

A Construção Civil marcou presença mais uma vez na greve, o presidente do SINTRACOM, José Abelha Neto, comentou. “Realizamos hoje um enterro simbólico, contra o uso da força judicial deste Banco que diz que é do Brasil, mas impede os trabalhadores exerçam seu direito de greve, enquanto isso, tem muita gente que está dentro do prédio, trabalhando, com seu direito lesado pelo assédio do capitalismo”.

A greve é um direito previsto na Constituição, ao quais os trabalhadores estão recorrendo depois de um mês e meio de negociações sem avanços. O Banco do Brasil sozinho, lucra bilhões por semestre, graças ao trabalho dos seus funcionários.

O Banco do Brasil vem coagindo e ameaçando os funcionários desde o início da greve. Caso algum bancário aderir à greve o BB remarcará ou cancelará férias e serão descomissionados.

O SEEB-CGMS está recebendo várias denúncias de que os superintendentes e gerentes estão pressionando funcionários do Banco do Brasil não aderirem à greve.

Orientação

A direção do Sindicato orienta os trabalhadores a manter a greve e seguir instruções divulgadas no site (www.sindicario.com.br) e no Facebook (Sindicato Dos Bancários Cg-ms) do Sindicato. O bancário(a) que se sentir ameaçado ou assediado, deve entrar em contato com o departamento jurídico, para entrarmos com ação de assédio moral e também por ameaça.

Mesmo depois da greve estes casos serão analisados. Garantimos que os nomes dos bancários, denunciante e denunciado, serão preservados.

A Greve

Os bancários, em greve nacional há sete dias, continuam ampliando e intensificando a paralisação da categoria em todo o país. Nesta quarta-feira (25),10.024 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal. Trabalhadores de setores estratégicos também aderiram à greve, com destaque para a paralisação de call centers. São mais de 9 (nove) mil agências paralisadas no país.

O que é interdito proibitório

O interdito é uma ação jurídica relacionada a situações nas quais o direito de posse ou de propriedade está sendo ameaçado. O que não se aplica à greve, que se constitui apenas e tão somente na luta por uma proposta que melhore as condições de trabalho de uma categoria.

Além disso, a chegada de um oficial de Justiça com o interdito não significa que os bancários têm de retomar suas atividades, pois quem define a continuidade ou não de uma greve é a assembleia dos trabalhadores. Os bancários devem estar conscientes de seu papel no movimento, dizer não à pressão e prosseguir a paralisação mesmo com a chegada do interdito.

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