8 de Março de 2024 às 07:00

Dia da Mulher: Bancárias são referência em conquista de direitos

Dia Internacional da Mulher

No Dia Internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março, as bancárias se destacam como um exemplo de união e força. Através de sua luta constante por igualdade de direitos e oportunidades, elas inspiram outras mulheres a romperem barreiras e conquistarem seus objetivos.

Ao longo dos anos, as bancárias se organizaram e se uniram em sindicatos e associações, o que resultou em importantes conquistas, como a igualdade de oportunidade, a licença-maternidade de seis meses, a conquista do auxílio-creche em 1986, a adoção de medidas para combater o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, além de garantir a proteção e assistência às vítimas dessas práticas.

“A categoria bancária tem um histórico de avanços importantes na luta por igualdade de oportunidade que se torna exemplo para as demais categorias. Unimos nossas vozes e conquistamos importantes vitórias que beneficiaram não apenas a nós mesmas, mas todas as mulheres que almejam um ambiente de trabalho mais justo e igualitário”, destaca a bancária e presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Neide Rodrigues.

As mulheres bancárias representam 48,8% do total de postos de trabalho nas instituições bancárias e chegam a ser pouco mais da metade nas gerências (53,4%). Apesar desses avanços e conquistas, ainda há desafios a serem enfrentados, como a equiparação salarial e maior presença nos cargos de direção das empresas.  

Violência contra as mulheres

As bancárias também são referência na luta contra a violência doméstica e familiar. Em 2022, a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria resultou em uma série de avanços contra a violência e conta com cláusulas que garantem proteção às bancárias:

  • A empregada que for vítima de violência doméstica poderá pedir alteração de regime de trabalho; solicitar a realocação para outra dependência; e linha de crédito ou financiamento especial;

  • O banco pode oferecer alternância de horários de entrada e saída do expediente e criar grupo de apoio para discutir e sugerir medidas voltadas à prevenção da violência doméstica e familiar.

“Essas cláusulas representam importantes avanços na proteção às bancárias vítimas de violência doméstica e vamos continuar lutando para preservar a vida das bancárias e de todas as mulheres. O sindicato é um aliado das mulheres na luta contra a violência. Os dados do nosso estado são alarmantes. As mulheres sul-mato-grossenses estão sofrendo violência e nós, como uma entidade sindical, precisamos acolher e ajudar essas vítimas que têm coragem de denunciar. O propósito é defender a bancária de qualquer situação de violência”, disse a presidente do sindicato.

Para dar ainda mais apoio às vítimas da categoria bancária, o sindicato está em fase de implantação do projeto Basta! Não Irão Nos Calar!”. Esse programa vai oferecer acolhimento e atendimento jurídico gratuito para bancárias e dependentes vítimas de violência doméstica e de gênero. O projeto se espalhou por outros 12 sindicatos da categoria bancária, alcançando todas as regiões do Brasil, e já atendeu 400 mulheres

“Sabemos que este tipo de violência pode estar presente em todas as profissões e classes sociais, então, nós estamos nos preparando para acolher as mulheres que trabalham nas instituições financeiras e suas dependentes nesse momento tão delicado. Não podemos nos calar, temos que denunciar e procurar ajudar, porque só assim podemos mudar essa realidade de violência, tanto física quanto psicológica”, destaca a secretária de Mulheres do SEEBCG-MS, Luciana Rodrigues.

Em 2023, segundo dados da Sejusp/MS, 30 mulheres foram vítimas de feminicídio em MS, e mais de 20 mil sofreram violência doméstica.

Políticas públicas

A participação das mulheres na política é crucial para garantir políticas públicas que considerem as necessidades de mais da metade da população. As mulheres que ocupam cargos políticos podem trazer uma nova visão para a política, com foco em temas como igualdade de gênero, saúde da mulher, educação infantil e combate à violência doméstica. 

Em 2022 (últimas eleições no país), as mulheres eram 53% do eleitorado. Apesar disso, o índice de mulheres concorrendo a um cargo político foi de apenas 34% do total, e apenas 18% foram eleitas. 

“A presença de mulheres na política não é apenas uma questão de representatividade, mas também uma questão de efetividade e qualidade das políticas públicas. As mulheres trazem perspectivas e demandas específicas para a agenda política, o que pode resultar em políticas mais inclusivas e democráticas. Na nossa Assembleia Legislativa, temos apenas 3 deputadas e, na Câmara Municipal de Campo Grande, somente 1 vereadora, isso é  muito ruim, a gente não consegue discutir a pauta do universo feminino quando há poucas mulheres em espaços de poder”, pontua Neide Rodrigues.

Por: Comunicação do SEEBCG-MS


 

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