11 de Dezembro de 2007 às 10:11

Dia 10: angústia para quem precisa ir aos bancos

Reportagem assinada por Sandra Luz, do site Campo Grande News, abordou uma realidade já conhecida pelos bancários da Capital: a demora para atendimento nas agências instaladas no município, em especial no décimo dia de cada mês – quando o movimento aumenta em grande escala nos bancos. Leia abaixo a íntegra do texto:
 
Repetida, cansativa e injustificada. Esta é a rotina de quem precisa procurar bancos e sente a cada minuto de espera o desrespeito pela legislação. “Minha senha é a 300. Eu esperei 1 hora, quando saí não haviam chamado ainda a senha 150 então vim aqui fora, tomar ar”, desabafa Luziene Martins, 33 anos. A cliente precisou procurar o Banco do Brasil na tarde desta segunda-feira, dia 10, para fazer um saque e demonstra no semblante o cansaço da espera. “Não dá para ser outro dia”, explica.

Todos os meses, no dia 10, as agências bancárias e correspondentes bancários ficam lotados. “Eu já nem reclamo porque perco a minha paciência. Quando entro lá percebo um rolo tão grande que nem senha me dão, sempre é mais de 1 hora de espera”, afirma Antônio Manoel Oliveira. Ele e a esposa, Dalvani Alves Oliveira, esperam 90 minutos por atendimento no Banco do Brasil e enfrentaram outra fila em uma banca de revistas para saldar as contas de casa. “Todo mês é assim: sofremos juntos”, afirma Dalvani.

A demora constante faz o atendimento de 30 minutos parecer ágil para Ivone Nunes Siqueira. “Fiz muita coisa e como já precisei esperar mais até achei bem rápido hoje”. Para ela, o atendimento na Caixa Econômica Federal foi calmo nesta segunda, opinião que é compartilhada por Ionas Gonzada, que demorou 40 minutos para realizar as operações que desejava. “Eu já precisei esperar mais, então este tempo para mim foi razoável. Em geral eu espero de 30 a 40 minutos”.

Além dos bancos públicos, os particulares também exibem a demora neste dia 10. “Era pra ser 5 minhtos, mas demorou demais”, conta Cícera Vicente, que foi ao Bradesco. Leucenir Fernandes não vai há um tempo aos bancos porque prefere as casas lotéricas onde, segundo, ela as filas são rápidas neste dia, em torno de 30 minutos.

Lei da fila - Os clientes sabem que a espera, mesmo quando a consideram rápida, excede a legislação, que define 15 minutos ao máximo para atendimento nas agências bancárias. Segundo José Aparecido Clementino Pereira, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande e Região, somente a reclamação constante e demonstração do desrespeito em relação aos clientes vai mudar a situação. “É um caso de polícia. É preciso fiscalização”, dispara.

Conforme o sindicalista, há discrepância na atenção dos bancos para a hora de vender produto e a de atender a clientela. “Para vender são 30 caixas”. Ele explicou que na sexta-feira, dia 7, o sindicato passo por quatro agências bancárias na Rua Cândido Mariano e todas desrespeitavam a lei da fila.

Segundo a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, o dia 10 é de aumento de demanda de clientes e, por este motivo, a espera é maior, mesmo com aumento de caixas em funcionamento. Neste dia vencem contas importantes e também sai o pagamento da maioria dos trabalhadores, informou a assessoria. Outro fator apontado pela assessoria é o fato de que em dezembro sai o décimo terceiro salário, quando alguns clientes aproveitam para colocar a vida financeira em dia.

Entre os conselhos da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para evitar a fila está a procura por auto-atendimento, programação de contas para débito automático e realização de transações pela internet. É desta forma que Mirian Eunice Benício Patrício abrevia o tempo dentro das agências. “Fui atendida em 20 minutos. Venho ao banco poucas vezes”, explicou. Conforme o Banco do Brasil, 89,6% das transações em Mato Grosso do Sul foram realizadas de forma automática.
 
Campo Grande News

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