Banco Abn Amro Real

O Conglomerado ABN Amro no Brasil, formado pelos bancos Real (incluindo o Sudameris e Sudameris Comercial e de Investimentos) e Banco de Pernambuco, é o novo líder de reclamações no Banco Central do Brasil. O ranking divulgado é referente ao mês de outubro, quando o ABN Real foi alvo de 792 reclamações procedentes. O primeiro lugar foi obtido pelo índice 11,02, calculado a partir do número de reclamações procedentes dividido pela base de clientes (7,18 milhões) e multiplicado por 100 mil.

Em segundo lugar aparece o Santander, que por muitos meses ocupou a ponta da tabela. O banco espanhol, com 8,03 milhões de clientes, registrou 381 reclamações procedentes, atingindo a média de 4,74. Em terceiro figura a Caixa Econômica Federal, que liderou a tabela no mês anterior. A CEF, com 32,8 milhões de clientes, foi o banco com o maior número de reclamações procedentes (1.397), mas, no cálculo geral, obteve média 4,25. O quarto posto é do HSBC (87 reclamações, 2,5 milhão de clientes e média 3,45) e Nossa Caixa (116 reclamações, 4,79 milhões de clientes e média 2,42).

“Recorde” – A “ponta” assumida pelo ABN Real representa também o maior índice registrado pelo Banco Central desde 2002 – quando a avaliação de reclamações começou a ser divulgada em seu site. Até então, o índice não havia passado de 7,43. Sindicalistas acreditam que o número é resultado do aumento de pedidos de demissão no Real, após o anúncio de sua fusão com o Santander.

Segundo o SP Bancários, o número de demissionários no Real em outubro triplicou, devido a expectativa ruim sobre o futuro da relação entre funcionários e instituição. Porém, se o baixo número de trabalhadores já criava problemas, a perspectiva é de que o atendimento poderá se deteriorar ainda mais daqui em diante.

As reclamações sobre fornecimento de documentos (145) e atendimento (144) foram as mais presentes no ABN Real, seguida dos prazos não estabelecidos ou cumpridos (99). Nos cinco primeiros colocados da listagem, o quesito “atendimento” é o de maior queixa por parte dos clientes: chega a 99 no Santander e a 603 na Caixa Econômica Federal. 

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