6 de Agosto de 2008 às 15:06
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O Banco Central aprovou no último dia 22 a compra da operação brasileira do banco holandês ABN Amro pelo espanhol Santander. A decisão do BC é mais uma etapa do processo de compra do ABN no mundo todo, liderada pelo banco Royal Bank of Scotland (RBS) e que envolveu cerca de US$ 100 bilhões.
O Santander ficou com as atividades do ABN no Brasil e na Itália. Como nada está definido nessa mega operação sobre o futuro dos bancários brasileiros, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do ABN-Real, reunida no dia 2 de julho com o banco, cobrou imediata abertura de negociação para discutir garantia de emprego durante o processo de fusão com o Santander. Inclusive solicitou ao ABN-Real diversas informações, fundamentais na futura negociação.
O diretor de RH do ABN-Real, no entanto, não assumiu nenhum compromisso relativo à garantia de emprego. Alegou que está ainda “em compasso de espera” e admitiu que não pode repassar as informações solicitadas pela COE. De concreto mesmo é que em outubro será divulgado o "plano de ação de integração" dos dois bancos no Brasil.
A Comissão cobrou também o fim das demissões, especialmente dos bancários em vias de aposentar, e mais contratações para suprir as atuais necessidades das agências.
Jairo Gimenez, do Seeb/Campinas