17 de Julho de 2007 às 16:38
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(São Paulo) A Contraf-CUT participa nesta terça-feira, dia 17, de uma reunião entre a diretoria brasileira do banco ABN/Real e o Comitê Europeu de Funcionários. O objetivo do encontro é discutir ações em defesa do emprego, já que a empresa está sendo vendida.
“O Comitê Europeu conseguiu esta reunião com o ABN e solicitou ao banco que os representantes dos bancários do Brasil e da América Latina pudessem participar do encontro. Até agora, a empresa permitiu apenas mais um assento para os trabalhadores. A Contraf-CUT vai estar lá, mas defendemos que pelo menos se abra a participação também para os bancários do Paraguai, onde o ABN tem grande penetração”, afirma Deise Recoaro, diretora da Contraf-CUT e funcionária do banco.
Nesta segunda-feira, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) ABN/Real reuniu-se na sede da Contraf com representantes dos bancários de diversos países para discutir a situação do processo de venda da empresa. “A reunião foi muito importante, porque pudemos trocar informações sobre as experiências de luta em vários países. Vamos ampliar e, somados todos esses movimentos, teremos uma grande mobilização internacional pelo emprego no ABN”, comenta Deise.
Ao receber a comitiva internacional, o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, falou um pouco sobre a luta dos bancários no Brasil. “Nós vivemos uma experiência semelhante à atual, quando o ABN comprou o Sudameris e iniciou suas operações em nosso país. Milhares de empregos foram ceifados e não vamos permitir que esta história se repita. Naquela época, tentamos organizar uma resistência internacional, mas as entidades sindicais européias não foram receptivas e não quiseram internacionalizar a discussão sobre a fusão. As conseqüências foram graves para os trabalhadores. Nossa expectativa nessa reunião é evitar que essa situação se repita e fortalecer os trabalhadores internacionais na luta em defesa dos empregos do ABN”, destacou.
Participam também da reunião Jorge Diego, sindicalista do Paraguai, Álvaro Morales, do Uruguai, Queenie Heemskerk e Hans Westerhuis, da Holanda, e Dimitris Tsoukalas, da Grécia, além de outros dirigentes brasileiros.
Nova proposta
O consórcio formado pelos bancos espanhol Santander, pelo escocês RBS (Royal Bank of Scotland) e pelo belga-holandês Fortis apresentou nesta segunda-feira uma nova oferta de compra do holandês ABN Amro. O grupo aumentou a proposta efetiva de pagamento em dinheiro de 79% para 93% do total de 71,1 bilhões de euros (US$ 98 bilhões hoje).
A nova oferta exclui a cláusula ligada à situação do LaSalle, filial americana do ABN Amro que a instituição holandesa vendeu para o Bank of America e que o RBS pretendia adquirir.
Fonte: Contraf-CUT