8 de Fevereiro de 2008 às 11:13
Compartilhe
Em reunião na quinta-feira (7 de fevereiro), o gerente de Relações Sindicais do ABN Real, Jerônimo Anjos, garantiu à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul o emprego dos 3,2 mil funcionários da Aymoré e da Credicenter, que serão transferidos para a nova empresa do Grupo, a Aymoré Financiamento, Crédito e Investimento, a partir de 1º de março de 2008 sob o regime da Convenção Coletiva dos Financiários, negociada e firmada anualmente pelos sindicatos de bancários.
Segundo informou Jerônimo ao secretário Geral da Federação, João Analdo de Souza e ao Coordenador de Bancos Privados, Afonso Lopes da Silva, que estavam acompanhados dos dirigentes sindicais do ABN, Aparecido Vinhático e Patrícia Bassanin Delgado; a mudança faz parte de uma reestruturação interna planejada desde 2005 com o objetivo de reunir numa só empresa duas que atuavam no segmento de crédito. “A AFCI terá recursos próprios, diferentemente da Aymoré que funciona vinculada ao banco comercial, além de estar adequada ao mercado”, frisou.
A consultora de Relações Sindicais do banco, Fabiana Ribeiro, e Alberto de Oliveira Cassiano, consultor de Desenvolvimento Humano, esclareceram que a transferência será formalizada através de carimbo nas carteiras profissionais dos trabalhadores. “Um procedimento legal”, justificaram.
A federação agendou reunião com o ABN para obter respostas às denúncias feitas aos sindicatos filiados sobre o descontentamento dos funcionários da Aymoré, que temiam, principalmente, a demissão, a ameaça de perda da representação sindical pelas entidades de bancários e o rebaixamento salarial.
Hoje esses trabalhadores são regidos pela Convenção Coletiva dos Bancários. A transferência para a AFCI implicará também na transferência para a categoria dos financiários, que também é representada nacionalmente pelos sindicatos de bancários. “Além da garantia de emprego e representação sindical aos 3,2 mil funcionários, o banco se mostrou disposto a equalizar direitos e vantagens entre as Convenções dos bancários e financiários”, ressalva João Analdo.
Em análise preliminar, os sindicalistas apresentaram algumas divergências entre as duas Convenções. Na dos bancários, o vale alimentação é mais vantajoso, enquanto na convenção dos financiários o vale refeição é maior. O Auxílio-Creche, por exemplo, tem valor maior para os bancários, mas é ressarcido integralmente nos primeiros seis meses da criança para os financiários.
O banco garantiu também que nada muda em relação às funções exercidas e ficou de dar uma resposta na próxima semana sobre os critérios para pagamento de horas extras e comissão de vendas aos funcionários internos e externos. “Reivindicamos a necessidade de criar novos empregos, já que diagnosticamos o excesso de horas extras realizadas, que além de ultrapassar o limite legal e humano, justificam mais contratações”, conclui a dirigente Patrícia.
PLR – A Federação cobrou do banco a antecipação da PLR, que confirmou o pagamento no dia 25 de fevereiro. Não quis adiantar valores, que estão vinculados à divulgação do balanço e à performance das agências.
Susan Meire, da Feeb-SP/MS