11 de Dezembro de 2007 às 10:28

"Alegria" do Bradesco, sofrimento dos bancários e clientes

Bancários protestam contra lucros e falta de PCS no Bradesco

Bancários de Campo Grande e Região aderiram ao Dia Nacional de Luta pela Valorização dos Funcionários do Bradesco, realizado nacionalmente para chamar a atenção da sociedade para a situação na instituição financeira. Com narizes de palhaço, representantes do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região percorreram agências da Capital para distribuir panfletos explicando aos clientes a real situação do banco.
 
“Entre janeiro e setembro, o Bradesco registrou lucros de quase R$ 6 bilhões no Brasil. Mas são resultados que não são revertidos para os trabalhadores. Enquanto o Bradesco enche o bolso e faz pose com ações culturais, os bancários sofrem com a falta de um Plano de Cargos e Salários, assédio moral e outros problemas”, afirmou o presidente do Sindicato, José Aparecido Clementino Pereira. Nos nove primeiros meses do ano, o Bradesco divulgou um lucro de R$ 5,817 bilhões.
 
Com o caixa cheio, a instituição pôde encaminhar recursos para o patrocínio do Cirque de Soleil, um dos grupos artísticos de maior prestígio no mundo e que trouxe ao Brasil o espetáculo “Alegria”. “Mas é alegria apenas dos banqueiros, uma vez que os clientes sofrem com o atendimento precário, por conta da falta de pessoal e de equipamentos. E os bancários são alvos da sobrecarga de trabalho e más condições de serviço”, afirmou Neide Maria Rodrigues Borges, secretária de Relações Sindicais e funcionária do Bradesco.
 
Caracterizados pela “palhaçada” do banco, dirigentes sindicais distribuíram nas agências um panfleto que explicitou a situação para os clientes. “Enquanto alguns vão ao circo, quem fica no Bradesco é feito de palhaço!”, citava a carta aberta, que pedia mais empregos e qualidade no banco. Nacionalmente, além do PCS – para corrigir distorções existentes, foi reivindicado o pagamento do auxílio-educação e a retomada da mesa de negociações permanente.
 

“Boa parte dos bancos já retomou as discussões com o movimento sindical, após o encerramento da campanha salarial, e conquistamos avanços importantes. Mas o Bradesco, maior banco privado do País, se nega a dialogar com os bancários e a atender a nossa demanda”, disse Vagner Freitas, presidente da Contraf/CUT e funcionário do Bradesco.

Confira imagens do ato no banco na galeria de fotos.

Secretaria de Imprensa e Comunicação, com Contraf/CUT

 

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