31 de Maio de 2023 às 14:45
#AVergonhaContinuaBradesco
Nesta quarta-feira (31), sindicatos de bancários de todo o Brasil, inclusive o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, lançaram a campanha #AVergonhaContinuaBradesco. A iniciativa, idealizada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, tem como objetivo protestar contra o fechamento de agências e as demissões que ocorreram nos últimos meses.
Com o propósito de representar e defender os direitos dos trabalhadores do ramo financeiro, diretores do SEEBCG-MS percorreram as agências bancárias do Bradesco, a fim de dialogar e entregar material informativo aos clientes e bancários afetados pelas medidas adotadas pelo banco. Clique aqui e acesse o informativo.
"Acreditamos que a união e a solidariedade são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelos processos de reestruturação bancária. Estamos ao lado dos trabalhadores, lutando contra as demissões em massa e o fechamento de agências, que prejudicam tanto os funcionários quanto a população que depende dos serviços bancários", afirma a presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.
A mobilização tem como objetivo denunciar e combater essas práticas do Bradesco, buscando pressionar o banco a rever suas decisões e garantir a manutenção dos empregos, a qualidade do atendimento aos clientes e a preservação da economia local.
Para se ter uma ideia, somente em 2022 o Bradesco lucrou o equivalente a mais de R$ 20 bilhões de reais e, em contrapartida, encerrou 1.276 postos de trabalho, fechou 93 agências bancárias e 174 unidades de negócio pelo país.
“O fechamento de agências possui impacto significativo, pois, além de dificultar o acesso aos serviços financeiros essenciais para a população, essa medida também resulta na perda de postos de trabalho causando insegurança e incerteza para os funcionários que contribuem para o crescimento e sucesso do banco”, disse o secretário Financeiro do SEEBCG-MS e representante da COE do Bradesco, José dos Santos Brito.
“A vergonha continua, Bradesco. O quadro de funcionários do Bradesco é extremamente enxuto, e a política de demissões e fechamento de agências está comprometendo o atendimento aos clientes. Embora o banco afirme que os funcionários das agências fechadas estão sendo realocados, nossa preocupação é com a manutenção dos empregos”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE.
Segundo Magaly, muitas agências que foram transformadas em unidades de negócios são fechadas logo em seguida, resultando em demissões. “Isso é algo inaceitável. O banco precisa cumprir efetivamente o que está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), garantindo a requalificação e realocação desses funcionários como forma de preservar seus empregos.”
Para ela, o fechamento de agências ou sua transformação em Postos de Atendimento (PAs) tem como consequência dificuldades para os clientes acessarem serviços bancários básicos. “Além disso, o fechamento de agências afeta a economia e o comércio local das regiões, muitas vezes deixando-as sem nenhuma agência bancária”.
Os protestos contra as demissões e fechamento de agências no banco Bradesco também foram realizadas pelas redes sociais com a hashtag #AVergonhaContinuaBradesco - um tuitaço que ampliou ainda mais a visibilidade do movimento e fortaleceu a mobilização.
Por: Comunicação do SEEBCG-MS, com informações da Contraf-CUT
Link: https://sindicario.com.br/banco-bradesco/bancarios-na-luta-contra-demissoes-e-fechamentos-de-agencias-do-bradesco/