Banco Bradesco

Após as manifestações que aconteceram no Dia Nacional de Lutas dos funcionários do Bradesco pela melhoria do Plano de Saúde, que ocorreu em Campo Grande em sete agências promovidas pelo Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, a direção do banco marcou data para negociar as reinvindicações dos bancários.  A reunião que tratará da pauta está marcada para o dia 17 julho.
Para Neide Maria Rodrigues, Secretária de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários e representante dos funcionários do Bradesco na entidade, a reunião é um avanço e reflete a luta do sindicato em relação à melhoria dos serviços prestados pelo Bradesco Saúde. “Nosso objetivo é fazer com que o banco passe a ampliar os serviços de saúde para todos os funcionários do Bradesco. A expectativa é de aumento nas especialidades médicas atendidas e na volta de atendimento de médicos e dentistas que por razão da deficiência do plano deixaram de atender os funcionários do Bradesco”, afirmou a dirigente sindical.
Dia de Luta

A mobilização que ocorreu na quarta-feira, 04 de julho foi uma resposta do Sindicato diante do descaso do banco em resolver os problemas do plano de saúde e odontológico. O Bradesco Saúde, plano de saúde dos funcionários do Bradesco foi criado em 1989 e até hoje não sofreu modificações, sendo a defasagem de 22 anos.

A situação é tão precária que o plano dos funcionários do Bradesco sequer é regulado pela lei federal 9656/98 por ser anterior a ela. Entretanto, a ANS, como agência reguladora e fiscalizadora do setor, criada em 2000, deve submeter o Bradesco Saúde aos seus crivos.
Conforme a Resolução Normativa (RN) 254 da ANS, a partir do dia 4 de agosto, o Bradesco não poderá mais incluir novos funcionários na apólice de saúde vigente. Caso o banco não se comprometa a fazer adaptação ou migração para as novas normas, ele terá que abrir uma nova apólice para receber os novos funcionários, o que acabará gerando diferenciação de atendimento entre novos e antigos funcionários.

Defasagem

Os trabalhadores não possuem atendimento em diversas especialidades, como psicologia, psiquiatria, fonoaudiologia, nutricionista, entre outros procedimentos.  Além disso, há limitações para fazer procedimentos em uma mesma especialidade.

"Se o médico solicitar ao paciente um exame do ombro e outro da coluna, o usuário tem de escolher apenas um. O outro só pode ser feito após 30 dias. Isto porque o convênio não autoriza", explica Elaine Cutis, diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.  Em muitas regiões do Brasil falta credenciamento de profissionais no plano, obrigando os funcionários a se deslocarem a outras cidades para serem atendidos.

Por Alan de F. Brito para SindicárioNet