19 de Novembro de 2025 às 11:52

Bradesco volta a ser alvo de protesto por demissões e fechamento de agências

Dia de Luta

As demissões e o fechamento de agências do Bradesco voltaram a ser alvo de protestos nesta quarta-feira, 19 de novembro, Dia Nacional de Luta. Em Campo Grande, o ato do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região foi na unidade bancária na esquina das Avenidas Afonso Pena e Calógeras.

De junho de 2024 a junho de 2025, o Bradesco fechou 342 agências, 1.002 postos de atendimento e 127 unidades de negócio. Segundo o Dieese isso significa que, sozinho, o banco foi responsável por quase 38% de todas as agências fechadas no sistema bancário brasileiro no período. Enquanto o banco anuncia lucros bilionários, na prática reduz sua presença física.

"O ato de hoje é referente às demissões, fechamento de agências, à pressão e ao assédio sobre os funcionários. Essas medidas geram um prejuízo muito grande para a sociedade, pois muitos municípios estão com agências fechadas. Enquanto o Bradesco celebra lucros recordes, a realidade para os seus trabalhadores e clientes é de preocupação”, disse a presidenta do sindicato, Neide Rodrigues.

 

A presidente do sindicato enfatizou o dever da instituição para com a sociedade: “Nós, como representantes da sociedade e dos trabalhadores bancários, estamos neste protesto para mostrar a nossa indignação. O banco tem uma concessão pública. Se tem a concessão pública, é justamente para dar um bom atendimento à população."

A reestruturação do Bradesco também destrói empregos. Segundo um levantamento feito pelas federações filiadas à Contraf-CUT, 2.564 trabalhadores foram desligados apenas no primeiro semestre de 2025. Menos bancários significa, aos trabalhadores que ficam, metas mais elevadas, sobrecarga e adoecimento.

A realidade de fechamento de agências não é diferente em Mato Grosso do Sul. E na sexta-feira, dia 21 de novembro, será encerrada a agência das Moreninhas, o que fará com que milhares de clientes de uma das regiões mais populosas da capital se desloquem longas distâncias para realizar operações básicas ou sejam jogados para o atendimento de correspondentes bancários.

"Os clientes da agência Moreninhas serão transferidos para a unidade da Calógeras, mas o banco não está realocando os funcionários. Isso gera uma sobrecarga para a equipe local e precariza o atendimento à população. Estamos cobrando respeito aos trabalhadores e aos clientes; afinal, além do lucro, o banco precisa cumprir seu papel social”, destaca o secretário de Finanças do SEEBCG-MS e representante da Fetec Centro-Norte na COE Bradesco, José dos Santos Brito.

 

Segundo Brito, a mobilização de hoje também é uma forma de chamar a atenção e cobrar apoio de autoridades e parlamentares diante da perda de postos de trabalho. “Estamos perdendo milhares de trabalhadores para o digital. Isso prejudica a economia local e nacional, além de precarizar o atendimento aos clientes”, afirmou o diretor, reforçando o apelo: “Precisamos de apoio das autoridades nesta caminhada”.

Por: Comunicação do SEEBCG-MS
Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

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