7 de Junho de 2015 às 16:11

Reunião entre dirigentes sindicais com direção do Bradesco consegue conquistas mais mantém a campanha

"Demitiu, Parou"

Após os protestos realizados pelos bancários de Campo Grande e Dourados, com faixas "Demitiu, Parou" e pedindo segurança nas agências bancárias, a direção do Bradesco, no dia 27 de maio, reuniu com os dirigentes sindicais do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região e de Dourados e Região.

"As paralisações foram realizadas devido as constantes demissões que vinham sendo realizadas pelo banco Bradesco, além da flagrante falta de segurança nas agências, onde não há portas giratórias com detector de metais", diz a Secretária de Imprensa do SEEB-CGMS, Neide Maria Rodrigues.

Outra reivindicação que foi central nos protestos que fecharam agências do Bradesco de Campo Grande e Dourados, diz respeito à questão de segurança, uma vez que muitas agências não são dotadas de portas giratórias com detector de metais.

Durante a reunião que aconteceu na Gerência Regional em Campo Grande, os representes dos banqueiros - o Diretor Regional do Bradesco Osmar Sanches, Gerente Regional Carlos Arakaki, Gerente relações sindicais Silvia Eduara Cavalheiro e assessoria - se comprometeram o mais breve possível instalar  portas de seguranças e detectores de metal nas quatro agências do banco Bradesco (Moreninhas, Costa e Silva, 14 de Julho e Mato Grosso) de Campo Grande.

Os representantes alegaram que não há nenhum programa de demissões estabelecido e nem previsão de novas demissões e não garantiram que não haveria mais demissões.

"Avançamos na questão de segurança em Campo Grande com a instalação de portas de seguranças e detectores em quatro agências, em Dourados ainda não deram nenhuma resposta imediata. Estamos muito preocupados com as constantes demissões imotivadas nesse um ano e meio depois que os novos gestores assumiram o Bradesco. Em 2014 foram 34 demissões e somente no início deste ano já aconteceram 12 demissões", enfatiza Neide Rodrigues também preocupada com a cobrança excessiva por venda e cumprimento de metas que estão submetidos os bancários e causando adoecimento.

Muitos bancários foram demitidos com mais de dez, doze, quinze anos de carreira, e a direção dos sindicatos representados não enxerga nesta situação, uma desculpa plausível para as demissões.

Audioconferência

Durante a reunião os dirigentes sindicais também cobraram a diminuição das Audioconferência, pois os Sindicatos dos Bancários de Campo Grande e de Dourados tem recebido denúncias de que práticas de assédio moral sobre os gerentes-gerais das agências para cobrar o cumprimento de metas de venda de produtos. É cobrada, ainda, dos gerentes a posição de cada funcionário, segundo as metas exigidas pelo Bradesco. As formas são um ranqueamento, artifício proibido pela Convenção Coletiva dos Bancários, assinada com a Federação Nacional dos Bancos, por consistir em uma forma ilegal de pressão e assédio moral.

A  política de metas do banco é um desserviço à sociedade, na medida em que ocupa o bancário com a venda de produtos, em detrimento da prestação de bons serviços.

"DEMITIU, PAROU!

Os dirigentes sindicais se comprometeram a fortalecer sua união na luta contra as demissões imotivadas e para avançar batalha da questão da segurança de seus postos de trabalho. A campanha "Demitiu, Parou" vai continuar, além a luta contra a pressão de metas abusivas.

Por esta razão, os dirigentes alertam que as paralisações não estão descartadas, caso o banco Bradesco volte a demitir: a cada nova demissão, nova paralisação, ou seja, "Demitiu Parou”.

Estavam presentes na reunião os dirigentes sindicais Neide Maria Rodrigues, Edvaldo Barros, Cícero Roberto dos Santos do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região e Edegar Alves Martins, Carlos Alberto Longo e Edson Claudio Rigoni do Sindicato dos Bancários de Dourados-MS e Região, o Presidente da FETEC/CUT-CN José Avelino.

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