12 de Novembro de 2021 às 17:19

SEEBCG-MS repudia onda crescente de demissões no Bradesco

Descaso

 

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região repudia as constantes demissões que estão ocorrendo no Bradesco. Mesmo com quase R$ 20 bilhões de lucro nos primeiros nove meses de 2021, o banco continua com os desligamentos em todo o país.

Na base do SEEBCG-MS, composta por Campo Grande e outros 27 municípios, são pelo menos 30 demissões desde o início do ano. A estimativa do sindicato é que esse número seja maior, contudo, não há um registro total porque, desde a aprovação da reforma trabalhista, as homologações de rescisão contratual não acontecem obrigatoriamente no sindicato. Também há demissões em outros municípios do Estado que estão fora da base da entidade sindical.

“É inadmissível tantas demissões no Bradesco nos últimos meses. Os bancários continuaram trabalhando durante a pandemia, enfrentando os riscos à saúde, a sobrecarga de trabalho e a imposição de metas do banco, tudo isso provocou o adoecimento de muitos trabalhadores, que agora sofrem também com o medo de serem demitidos. É uma medida desumana do Bradesco, neste final de ano o presente do bancário vai ser o desemprego?”, critica a presidenta do sindicato, Neide Rodrigues.

Em meio à pandemia e a crise provocada pelo aumento da inflação, do desemprego e da fome no país, o Bradesco obteve R$ 19,602 bilhões de lucro líquido recorrente nos primeiros nove meses de 2021. O resultado representa alta de 54,9% em relação ao mesmo período de 2020.

 

“O Bradesco tem um terço do lucro dos maiores bancos e, ao mesmo tempo, está demitindo, transformando agências em unidades de negócio, reduzindo a segurança e o número de funcionários nesses locais. O bancário fica sem emprego e a população sem atendimento. O cliente é direcionado para lotéricas, correspondentes bancários e plataformas digitais”, afirma o diretor do SEEBCG-MS, José dos Santos Brito, que é bancário do Bradesco.

Em todo o país, o Bradesco fechou 8.198 postos de trabalho em doze meses encerrados em setembro. Dentre os maiores bancos privados, o Bradesco foi o único que apresentou fechamento de postos de trabalho neste período. 

“É um desrespeito com os bancários, tem funcionário com problema de saúde, trabalhador prestes a se aposentar, que está sendo praticamente ‘descartado’ pelo banco. E quem permanece na agência, fica sobrecarregado, porque as metas são as mesmas, mas o número de funcionários é cada vez menor”, critica Brito.

O movimento sindical está se mobilizando para barrar as demissões no Bradesco e prepara mobilizações para as próximas semanas.

“Orientamos os bancários a ficarem atentos para as ações do sindicato e também que façam a exigência de homologação da rescisão contratual na sede do SEEBCG-MS. Com o acompanhamento da assessoria jurídica, conseguimos resguardar todos os direitos desses bancários”, ressalta o diretor do sindicato.

 Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS

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