Banco Bradesco

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região encaminhou, na tarde dessa sexta-feira (21), para a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso do Sul um pedido de fiscalização, em caráter de urgência, no PAB (Posto de Atendimento Bancário) do Banco Bradesco que fica no Paço Municipal de Campo Grande.

Denúncias levaram o sindicato a comprovar que as leis trabalhistas vêm sendo desrespeitadas no PAB e em outras agências do HSBC/Bradesco. As denúncias são de que com as mudanças das agências do HSBC para Bradesco, iniciadas no dia 8 de outubro, os funcionários têm sido obrigados a cumprir uma jornada de trabalho exaustiva e fora do que determina a lei.

Os relatos são de que os trabalhadores são obrigados a trabalhar até 12 horas ininterruptas, sem intervalo para almoço e nem mesmo para beber água ou ir ao banheiro. Uma medida ilegal e que tem levado os trabalhadores à exaustão.

O presidente do SEEB-CG, Edvaldo Barros, disse que o sindicato está acompanhando a situação de perto e fará que for necessário para que os direitos dos trabalhadores sejam cumpridos. “O banco não se preparou de acordo com o tamanho do negócio e os funcionários acabam ficando o dia todo sem almoço e extrapolando a jornada de trabalho. O que era para ser das 8h às 17h, está indo além das 20h30. A mudança de sistema é precária, causando estresse tanto nos funcionários quanto nos clientes. O Bradesco desrespeita as leis trabalhistas fazendo alterações na jornada e nas nossas conquistas, como o plano de saúde”.

O sindicato constatou também a dificuldade que os trabalhadores estão enfrentando devido as falhas no sistema do banco, constantemente sofrem injúrias, ofensas e reclamações. Os clientes reclamam de falhas nas contas, inclusive para receber os salários, atraso na entrega de cartões e dificuldades em acessar a internet banking.

"O que parece é que essa transição não foi planejada e agora os trabalhadores estão sofrendo e os clientes também. O Bradesco fala que a mudança foi bem sucedida e que está tudo bem, mas não é o que presenciamos nas agências. São clientes amontoados, sistema que não funciona e funcionários sobrecarregados", disse o secretário de imprensa do SEEB-CG, José Brito.