17 de Fevereiro de 2012 às 13:25

Assalto em Ribas: BB força bancários a trabalhar

Assalto em Ribas: direção do BB força bancários a trabalhar

 

 

O assalto ao Banco do Brasil em Ribas do Rio Pardo, região central de Mato Grosso do Sul, ocorrido na terça-feira (14 de fevereiro), colocou funcionários e funcionárias da instituição num clima de insegurança, abalando o sistema emocional desses/as profissionais. Nessa quinta-feira 16, dirigentes do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região estiveram na unidade assaltada e constataram que trabalhadores e trabalhadoras estão psicologicamente abalados em decorrência da ação dos assaltantes. Ontem não houve expediente no banco

 

 A direção do Sindicato cobrou da Superintendência do BB no Estado assistência psicológica às/aos bancárias/os daquela agência.  À  medida que se aproximava o horário de abertura do banco, observou-se que seus funcionários ficaram apreensivos com visível alteração de comportamento.

 

O BB Ribas vem, indiretamente, pressionando os bancários a trabalhar mesmo sem haver condição psicológica para isso. A instituição chegou a mandar dois bancários de Campo Grande para atuar na agência da cidade de Ribas, localizada 97 quilômetros a leste da Capital sul-mato-grossense.

 

Embora a direção do banco alegue que psicólogos estariam atendendo os profissionais e o clima na agência seria de tranquilidade, os sindicalistas constataram, por exemplo, o caso em que um caixa estava sem condições emocionais de trabalhar, apresentando visível descontrole emocional. O bancário também estava preocupado com o estado emocional de sua esposa, que está grávida. Gravidez de risco.

 

As lideranças do Sindicato que foram ontem a Ribas – Iaci, Benício, Neide, Cícero, Válter, Edivaldo e Preto – solicitaram que os gestores do banco comprovassem por meio de documento que o atendimento psicológico estava sendo feito e que os funciários estavam em condições de trabalhar , já que nenhum psicólogo foi encontrado na agência. A gerência contra-argumentou que não poderia mostrar o comprovante da assistência psicológica ao Sindicato.

 

A pressão aumentou com a presença da Superintendência do BB, exigindo que a agência fosse aberta. Uma das preocupações do Sindicato dos Bancários é em relação à falta de segurança e principalmente com a saúde dos/as trabalhadores/as. Os ladrões deixaram o sistema de segurança em precárias condições, anulando o monitoramento por meio de imagem. Ontem mesmo, o segurança da agência não tinha nem mesmo controle remoto para acionar a porta giratória. Tinha que interferir manualmente no sensor para controlar a porta giratória.

 

A situação também deixou as usuárias e os usuários do banco apreensivas/os, inclusive com o atraso de abastecimento no terminal de autoatendimento. O público foi orientado a ir à agência dos Correios, que é correspondente bancário do Banco do Brasil.

 

O que indigna as lideranças bancárias é o fato de, ao invés de o banco providenciar assistência psicológica, optou por forçar a abertura da agência. A direção do banco em Mato Grosso do Sul foi a Ribas, na tentativa de garantir a abertura da agência, mesmo sem o comparecimento de um profissional de saúde para avaliar a situação.

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