26 de Setembro de 2019 às 11:21
Plano de saúde
Foto: Guina
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades de representação dos funcionários do Banco do Brasil se reuniram com o banco na tarde dessa quarta-feira (25) para que, a pedido da Contraf-CUT, o banco esclarecesse sua posição com relação à solução para a situação da Cassi.
“O banco nos deu um sonoro e insensível ‘não’ à reivindicação dos associados de reabrir negociações para solucionar o déficit da Cassi”, informou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e da mesa de negociações com o BB, João Fukunaga.
Em resposta formal à Contraf-CUT, o banco afirmou que “não é viável a reabertura da mesa de negociação” porque os “limites e as premissas permanecem inalterados” em relação à proposta de maio, aprovada pela maioria do associados, mas que não foi encaminhada devido à falta de quórum na votação.
O banco ainda disse que as premissas e seus limites são aqueles divulgados nas rodadas de negociação anteriores. Ou seja, o banco só aceita arcar com os valores negociados no início do ano se forem cumpridas estas premissas e limites definidos pelos órgãos externos.
“Isso quer dizer que o banco não aceitará novas propostas. Só aceita a possibilidade de avaliar a proposta anterior, que não atingiu o quórum de aprovação pelos associados em maio. Mas, se não houver consenso e ela for novamente recusada, disse que tem um ‘plano B’ para a falta da Cassi, que consiste na busca de uma solução no mercado para garantir a assistência à saúde dos funcionários”, explicou o coordenador da CEBB. “A Cassi passa por um processo de intervenção e corre sérios riscos”, completou.
No dia 22 de outubro, a intervenção na Cassi completa 90 dias. Até lá, a diretora fiscal nomeada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai exigir que a diretoria da Caixa de Assistência apresente uma solução para o equilíbrio financeiro da instituição.
Desde maio, quando os associados não aprovaram a proposta negociada com o banco e colocada em votação, a Contraf-CUT e demais entidades de representação dos funcionários reivindicam a reabertura do processo de negociações para construir uma nova proposta que contemple as aspirações e interesses dos associados.
“Queremos que o BB volte a negociar porque isso é bom para os associados, para a Cassi, mas também para o banco. Por isso, defendemos a mesa de negociações”, disse Fukunaga. “Nós, associados, somos parte da Cassi. Se ela precisa apresentar uma proposta de equacionamento do déficit para a ANS, é nossa tarefa construí-la”. Ele lembrou ainda que, da outra vez que o banco não quis negociar e levou sua proposta para votação, no final do ano passado, ela “perdeu de lavada”.
O coordenador da CEBB disse também que todos sabem que a solução exigirá empenho dos associados, mas que eles querem que o banco também esteja disposto a se empenhar. “Mesmo o banco tendo dito que se recusa a voltar a negociar, é nosso papel, enquanto representantes dos associados, buscarmos a negociação como forma de salvar a Cassi”, ressaltou.
Os funcionários do Banco do Brasil realizam, no próximo sábado (28), um encontro nacional de saúde para discutir sobre a situação da Cassi e os sistemas de saúde privado e em autogestão.
“A Cassi é muito mais do que um plano de saúde. Ela traz benefícios aos funcionários, mas também ao banco. Os funcionários precisam conhecer e refletir sobre a atual situação, mas também se mobilizar para manter essa conquista histórica”, concluiu Fukunaga.
Fonte: Contraf-CUT
Link: https://sindicario.com.br/banco-do-brasil/banco-do-brasil-nao-aceita-negociar-nova-solucao-para-a-cassi/