15 de Dezembro de 2009 às 10:12

Banco do Brasil quer ampliar presença em pequenas e médias cidades brasileiras

Valor Econômico
Mônica Izaguirre, de Brasília

A rede do Banco do Brasil tem, desde ontem, exatas 5 mil agências. A nova unidade foi instalada em Jardim Ingá, distrito de Luziânia (GO), cidade de 141 mil habitantes localizada a 147 km da capital do Estado e a 63 km de Brasília. Segundo Alexandre Corrêa Abreu, vice-presidente de Distribuição do BB, o local é emblemático de uma preocupação que ganhou, recentemente, maior importância na estratégia de expansão logística do banco: ampliar a presença em pequenas e médias cidades brasileiras, sobretudo nas periferias.


Em 2010, o BB planeja abrir mais 180 agências. Pelo menos 40% serão em cidades de pequeno e médio porte, vistas como "praças emergentes", informa Abreu. Ele destaca que, embora tenham menor participação no Produto Interno Bruto (PIB), esses municípios têm apresentado taxa de crescimento econômico superior à dos grandes. E um dos reflexos desse crescimento é a melhoria da renda e, por consequência, da capacidade de consumir produtos e serviços bancários.


Diante disso, o BB entende que é preciso se antecipar à concorrência, instalando-se em áreas que ainda não tenham agência bancária de pequenas e médias cidades. É o caso de Jardim Ingá, onde moram cerca de 70% dos habitantes de Luziânia. Considera uma "praça emergente", a cidade já tinha agências de bancos, entre eles o BB, mas nenhuma ainda naquele distrito, considerado área de periferia.


O vice-presidente do banco afirma que, por ser uma instituição controlada pelo governo federal, o BB sempre se preocupou em ser um agente promotor de desenvolvimento econômico, instalando-se e levando crédito a locais do país que não despertavam o interesse de outros bancos. A diferença, agora, é que isso passou a ser também uma exigência concorrencial, explica. Para ele, se o BB não o fizer, outros grandes bancos de varejo acabarão conquistando a população ainda não atendida das "praças emergentes".


O gerente de gestão de canais do BB, Hideraldo Dwight Leitão, diz que, mesmo em locais já alcançados pela concorrência através de seus correspondentes bancários, a abertura de agências do banco estatal tem sido bem recebida e comemorada pelas populações locais, sobretudo pelo empresariado. Para a clientela, diz ele, "faz muita diferença" ter a orientação e o contato direto com gerentes e funcionários do banco.


Contando com os correspondentes, o BB está em 3.892 dos 5.562 municípios do país, presença inferior à da Caixa Econômica Federal e à do Bradesco, que alcançam todos os municípios brasileiros por intermédio das agências lotéricas e dos Correios. Se forem consideradas só agências bancárias, a presença do BB é a maior, pois a instituição está em 3.519 cidades, o Bradesco, em 2.944, e a Caixa, em 1.111.

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