Banco do Brasil

Manoel Porto/Contraf-CUT

Em audiência pública para tratar da reestruturação do Banco do Brasil, realizada na Assembleia Legislativa na Bahia, nesta quarta-feira (14), a direção do banco não compareceu. A ausência da instituição financeira que envolve o debate sobre o futuro de 9.409 funcionários do BB, só aumenta ainda mais o desrespeito do banco com os trabalhadores e a sociedade.

Para o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, que esteve presente na audiência pública, foi lamentável a atitude do banco. “Esse comportamento demonstra um total desprezo não só com os funcionários, mas com os representantes dos trabalhadores e com a população em geral”, comentou.

Segundo o dirigente, é de extrema importância envolver toda a sociedade neste debate. “Precisamos envolver os trabalhadores e toda a sociedade civil organizada. Ampliar as audiências públicas nas câmaras de vereadores, nas escolas, nos grêmios, em vários espaços públicos, envolvendo toda a população. Não avançaremos nesta luta sozinhos. A defesa do banco público é a defesa de todos nós”, afirmou o dirigente.

A reestruturação anunciada pelo BB, sob o comando do governo ilegítimo de Temer, tem a finalidade de fechar 402 agências e a transformar outras 379 em postos de atendimento. O processo envolve cortes de mais de 9 mil postos de trabalho e vai provocar redução salarial de milhares de funcionários, caso estes não forem realocados.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, alertou que a situação vai se agravar com o fechamento de agências e o desligamento de funcionários.

Responsável pela audiência pública, junto com o Sindicato, o deputado Fabrício Falcão (PCdoB) enfatizou ainda a importância do BB para a população mais carente. "O banco é fundamental na prestação de serviço ao trabalhador pobre".

Também fizeram parte da audiência pública desta quarta-feira, a presidenta do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Sandra Freitas; o presidente da Feeb Bahia/Sergipe, Emanuel Souza e o presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna, Jorge Barbosa de Jesus.

Fonte: Contraf-CUT