14 de Maio de 2008 às 11:07
Compartilhe
O Banco do Brasil frustrou seus trabalhadores e não apresentou nenhuma proposta sobre a utilização do superávit da Previ para a melhoria dos benefícios dos participantes do fundo. A negociação entre BB, Contraf/CUT e representantes da Previ ocorreu nesta segunda-feira, dia 12, quando também foram debatidos temas como o "caixa volante" e o Plano de Carreiras, Cargos e Salários, que também frustrou os bancários.
O BB justificou-se dizendo que a avaliação dos impactos da crise no mercado imobiliário norte-americano exige que o banco aja com mais prudência. Além disso, segundo o banco, sinalizações da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) sobre modificações no conceito de superávit e sua forma de distribuição obrigaram-no a aguardar para conhecer melhor a amplitude das alterações.
Com isso, o banco ainda estaria fazendo estudos de precificação destas questões e não apresentou nenhuma resposta à proposta apresentada pelo movimento sindical na negociação de 27 de fevereiro.
Uma nova rodada de negociação ficou marcada para o dia 6 de junho. “Esperamos que, até lá, o banco já tenha posição sobre a forma de utilização do superávit”, cobra Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil da Contraf/CUT (CEBB).
Condições de trabalho – Também foram cobradas pela CEBB diversas questões relacionadas às condições de trabalho dos bancários, entre elas a criação do “caixa-volante”, iniciada em São Paulo.
O banco disse que se trata de uma experiência, mas o movimento sindical já firmou posição, considerando a mudança absurda, por deixar o trabalhador sem saber qual o seu local de trabalho. Outros pontos foram abordados, como a extinção das horas-extras, o não pagamento de substituições e o problema de pessoas não certificadas no CPA 10 e 20.
A Contraf/CUT reivindicou também a imediata abertura de negociação sobre o Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS). O BB disse que não cogita discutir outro plano nesse momento. Foi cobrada ainda a imediata regularização do pagamento do vale-transporte, para o que o BB não apresentou resposta.
“Foi uma reunião que frustrou a representação dos trabalhadores, porque o banco não apresentou proposta em relação ao uso da reserva especial para a melhoria dos benefícios”, lamenta Marcel. “Além disso, nas diversas questões ligadas a condições de trabalho, o BB não demonstra sensibilidade para atender as justas demandas dos trabalhadores”, sustenta.
Contraf/CUT