27 de Setembro de 2011 às 11:17

Caixa, Banco da Amazônia e BB assinam acordo de transporte de valores no Pará

Foram anos de muita resistência, até que finalmente a Caixa Econômica Federal, o Banco da Amazônia e Banco do Brasil assinassem, no mês passado, um acordo judicial onde se comprometeram a contratar empresa especializada para fazer o transporte de valores, conforme determina a Lei Federal 7.102/83, em seu artigo 3º.

A denúncia sobre o transporte de valores realizado por bancários feita ao Ministério Público do Trabalho, partiu do Sindicato dos Bancários do Pará. "Muitos bancários já foram assaltados durante o trajeto, outros ficaram doentes depois do trauma sofrido, até um policial militar morreu recentemente quando fazia esse tipo de transporte. Quando feito por alguém, que não seja da área de segurança, é considerado irregular", afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Em junho desse ano, um bancário, um segurança particular, e o cabo da Polícia Militar, Idasildo Prazeres faziam um transporte de valores do Bradesco de Abaetetuba para o PAB de Muaná, na Ilha do Marajó, quando foram interceptados por dois bandidos. Os três trabalhadores foram baleados, o PM morreu. E a dupla fugiu sem levar nada.

A prática, que coloca em risco a vida dos trabalhadores, é comum em todo o país. Há quatro anos atrás o atual diretor do Sindicato e também funcionário do Bradesco, Saulo Araújo, também saía do município de Abaetetuba com destino a Anajás na ilha do Marajó, para fazer esse tipo de transporte; e por pouco não perdeu a vida quando o monomotor em que ele e o piloto estavam caiu.

Caso a Caixa, Banco da Amazônia e Banco do Brasil não cumpram o acordo assinado, eles estarão sujeitos a multas, que correspondem 20 vezes os valores transportados, além de uma multa mínima de R$ 200.000,00 por empregado que transportar valores. Sendo os valores cobrados por evento e cumulativamente por empregado.

"A violação ao direito dos trabalhadores não pode ficar impune. Os bancos têm que ser multados e penalizados pela justiça sempre quando houver esse abuso; para que outras instituições financeiras não cometam o mesmo erro", finaliza Rosalina.


Fonte: Seeb Pará

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