30 de Agosto de 2021 às 16:42
Banco do Brasil
Há 35 anos, o Banco do Brasil instituiu sua Fundação como forma de contribuir com a transformação social dos brasileiros e com o desenvolvimento sustentável do país, por meio de iniciativas de geração de trabalho e renda, preservação do meio ambiente, reaplicação de tecnologias sociais e educação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro inicia nesta segunda-feira (30) uma série de reportagens para mostrar como a Fundação Banco do Brasil detém capacitação e experiência importantes no apoio a projetos de interesse comunitário e regional em todo o país. “O Banco do Brasil e sua Fundação devem retomar estas experiências e montar operações de crédito para desenvolver as potencialidades regionais e enfrentar o desenvolvimento desigual do país”, afirmou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
No período de 2010 a 2020, a Fundação BB realizou um investimento social de R$ 3,1 bilhões, em aproximadamente 6 mil projetos, em mais de 2 mil municípios, que impactaram cerca de 5,6 milhões de pessoas que tiveram suas vidas valorizadas e suas realidades transformadas. “No apoio e desenvolvimento de políticas públicas, a Fundação BB reaplica tecnologias sociais por meio de parcerias com entes públicos e privados, nacionais e internacionais”, explicou Kleyton Morais, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e membro da CEBB.
O protagonismo da tecnologia social notabilizou-se em 2001, quando a Fundação BB criou o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, que em 2021 completa 20 anos no reconhecimento, certificação e reaplicação de iniciativas efetivas na solução de questões relativas à alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde. O acervo completo está na plataforma Transforma! (www.transforma.fbb.org.br) de livre acesso à comunidade.
“Como disseminadora na reaplicação de tecnologias sociais, a Fundação BB realiza junto aos parceiros institucionais, governo e organização da sociedade civil, processos participativos, com a finalidade de estabelecer mecanismos efetivos de desenvolvimento, com inclusão social”, lembra Kleyton Morais.
Além dos recursos referentes aos prêmios de cada edição, a Fundação, em conjunto com seus parceiros estratégicos, investiu R$ 1 bilhão na reaplicação das Tecnologias Sociais certificadas pelo Prêmio ao longo de sua história. “O objetivo da Fundação BB é o de promover a solidariedade econômica, o respeito cultural, o cuidado ambiental e o protagonismo social, prioritariamente junto com catadores de materiais recicláveis, povos indígenas, comunidades quilombolas, agricultores familiares, agroextrativistas e assentados da reforma agrária”, disse Morais.
Dentre os diversos Programas, Projetos e Ações implementados nessa trajetória, destacam-se:
O trabalho que a Fundação BB desenvolve na reaplicação de tecnologias sociais em apoio a políticas públicas, tem como exemplo mais emblemático a reaplicação de cisternas, promovendo acesso à água para 400 mil pessoas no semiárido brasileiro nos últimos nove anos.
Em parcerias firmadas, com o objetivo de multiplicar o poder transformador das tecnologias sociais, a Fundação BB construiu, ao lado do Banco do Brasil e parceiros, 100 mil cisternas, sendo cerca de 87 mil cisternas para consumo e 13 mil cisternas de produção, com investimento de R$ 340 milhões, na esfera do Programa Água para Todos, do governo federal.
Em 2020, em busca de amenizar os efeitos causados pela pandemia da Covid-19, a Fundação BB promoveu a campanha Proteja e Salve Vidas para arrecadar doações de pessoas físicas e jurídicas, que possibilitou a mobilização de mais de R$ 63 milhões, que atenderam cerca de 2 milhões de pessoas em todo o país.
Também no âmbito da campanha Proteja e Salve Vidas, destaca-se a ação realizada com cerca de 4 mil agricultores familiares, que se tornaram os fornecedores de boa parte dos insumos distribuídos a 55,6 mil famílias, impactando positivamente mais de 220 mil pessoas com 110 mil cestas básicas distribuídas, com o investimento de R$ 14,2 milhões.
Ainda em 2020, a Fundação BB celebrou Termo de Colaboração com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), objetivando o investimento de recursos provenientes daquele Ministério, no montante de até R$ 160 milhões, executados com segurança em poucos meses, para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-19 pelas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI’s).
A tempestividade, a efetividade e a transparência na aplicação dos recursos da parceria com o MMFDH só foram possíveis devido às características do quadro funcional da Fundação BB, competentemente preparado para auxiliar, inclusive a execução fiel do orçamento público na ponta, aos que mais precisam.
O Programa Integração AABB Comunidade, integra família, escola, comunidade e governo, proporcionando complementação escolar a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social com idade entre 6 e 14 anos, que consiste em uma proposta de desenvolvimento social, realizada por meio de ações educacionais, desenvolvida nas AABBs.
No período de 2010 a 2019, foram investidos mais de R$ 165 milhões para atender cerca de 558 mil crianças, adolescentes e educadores, em mais de 400 munícipios, que apoiaram as prefeituras em relação à diminuição da evasão escolar, combate à exploração infantil e ao tráfico de drogas, além de permitir aos participantes seu verdadeiro reconhecimento como cidadão.
Durante a Rio+20, a Fundação BB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram acordo para operacionalizar o Fundo Amazônia e destinar R$ 100 milhões para o desenvolvimento sustentável do bioma, que beneficiou comunidades tradicionais, indígenas, extrativistas, assentados da reforma agrária e agricultores familiares da região amazônica.
Ao mobilizar as comunidades para a preservação de seus biomas, multiplicando alternativas sustentáveis de manejo, é possível diversificar a produção e criar oportunidades de geração de renda no meio rural. As iniciativas da Fundação BB não contribuem apenas para a produção de alimentos variados e sem uso de agrotóxicos, mas também para a expansão da comercialização e permanência do homem no campo.
A Fundação BB foi uma das parceiras do Programa Ecoforte, que faz parte do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) e visa o fortalecimento e a ampliação das redes, cooperativas e organizações socioprodutivas e econômicas de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. O Planapo também busca integrar a produção agroecológica com outros programas de incentivo à comercialização de produtos da agricultura familiar, como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).
Em 2014, foi lançado o Edital 2014/0005 – Redes Ecoforte com o objetivo de apoiar projetos territoriais de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, voltados à intensificação das práticas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade e de sistemas produtivos orgânicos e de base agroecológica. O foco dos projetos foi a estruturação de unidades de referência com o objetivo de promover a troca de conhecimentos e a disseminação de experiências exitosas entre os participantes das redes. Foram apoiados 28 projetos com aporte de recursos no valor de R$ 32,5 milhões.
Em 2017, foi lançado o Edital 2017/030 e o Regulamento 2017/031 – Redes Ecoforte, visando selecionar e apoiar projetos voltados à estruturação de empreendimentos econômicos coletivos ou unidades de referência em agroecologia, extrativismo e produção orgânica. O processo seletivo foi concluído e o início das ações de 23 projetos se deu em 2019 com um investimento total previsto de R$ 24,5 milhões.
O programa Cataforte teve início em 2007, quando a Fundação BB e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por intermédio da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), formalizaram parceria para realizar investimentos sociais conjuntos em ações de capacitação e formação de catadores de materiais recicláveis para fortalecer seus empreendimentos econômicos solidários.
Com as ações de formação, assistência técnica, mobilização, estruturação física das redes de empreendimentos solidários e desenvolvimento de Planos de Negócios, resultados tais como o aumento da geração de renda média dos catadores de materiais recicláveis organizados coletivamente; a estruturação de negócios voltados para comercialização de materiais recicláveis em rede, prestação de serviços de coleta seletiva e de logística reversa e beneficiamento de materiais recicláveis; estabelecimento de parcerias e contratos com empresas e órgãos públicos; reconhecimento dos catadores de materiais recicláveis como profissionais da cadeia produtiva da reciclagem e da gestão de resíduos sólidos urbanos; o aumento dos postos de trabalho, com a inclusão sócio produtiva de catadores de rua e de lixão, como parte da política pública de economia solidária no âmbito do Programa Brasil Sem Miséria e do Programa Pró-Catador do Governo Federal; a inclusão de todos os beneficiários do Cataforte no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico).
As cooperativas organizadas pelo Cataforte criam condições para que sejam contratadas e remuneradas pelos municípios para fazer a coleta seletiva, triagem e beneficiamento dos materiais recicláveis. O fato de a coleta seletiva ser inclusiva e organizada pelas cooperativas de catadores de materiais recicláveis muitas vezes fazem que os municípios sejam contemplados com o Selo Verde, que é um prêmio para municípios que incorporam as dimensões ambiental e social nos seus processos de tomada de decisão.
Programa de Agroindustrialização em Assentamentos da Reforma Agrária que apoiou projetos para empreendimentos de agroindustrialização e comercialização em assentamentos da reforma agrária criados ou reconhecidos pelo INCRA, cujas cadeias produtivas ou atividades estejam estruturadas e seus empreendimentos apresentem viabilidade econômica, financeira, social e ambiental.
O projeto é uma ação complementar ao Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), que faz parte do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), e que tem por objetivo promover a reaplicação de tecnologias sociais nos empreendimentos habitacionais da faixa 1, voltados para população com renda familiar até R$ 1.800. Nesta ação foram apoiados 35 empreendimentos em 25 cidades de 12 estados, direcionados a quase 14.500 unidades habitacionais e atendendo mais de 45 mil pessoas.
Fonte: Contraf-CUT
Link: https://sindicario.com.br/banco-do-brasil/fundacao-banco-do-brasil-em-busca-da-transformacao-social-do-pais/