22 de Fevereiro de 2008 às 10:29
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BB se mantém intransigente e não atende reivindicações
São Paulo/SP – Contraf/CUT e Banco do Brasil retomaram na última quinta-feira (21 de fevereiro) as negociações da mesa permanente, onde constatou-se a falta de vontade do banco em atender as reivindicações do funcionalismo, em especial no que se refere ao pacote de reestruturação lançado há quase um ano. Os representantes dos bancários solicitaram a reabertura do processo de negociação sobre o Plano de Carreira, Cargos e Salários, o que não foi só negado pelo banco: o BB afirmou que não irá mais discutir o tema.
“Muitos problemas, como as substituições não remuneradas, o assédio moral e o desvio de função, poderiam ser resolvidos por meio de um novo PCCS. Mas a diretoria do banco vive num faz-de-conta e finge que não há problemas nas agências. Ao negar discutir o PCCS, a diretoria assume uma postura muito ruim, o que nos leva a aumentar a pressão sobre o Banco do Brasil”, afirma Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e integrante da Contraf.
Ainda a respeito da reestruturação, os bancários cobraram e o banco garantiu que a Gepes, Dired e Dirao vão garantir que os realocados serão lotados preferencialmente na mesma cidade, com prioridade na concorrência de cargo.
Fraudes – Os bancários também cobraram solução para as fraudes de acesso aos terminais de trabalho – onde bancários encerram o expediente mas continuam trabalhando com a senha dos gestores. “O banco alegou que tem um sistema chamado ICR [Indicador de Chave de Risco] com o qual monitora a abertura dos terminais. Ora, se o banco tem controle sobre os acessos, isso significa que a diretoria está tolerando a fraude. Por isso exigimos um auditor sindical para acompanhar a questão”, disse Marcel.
Previ e Cassi – Os representantes dos bancários ainda solicitaram imediata reabertura das negociações sobre a Previ (para discutir a melhora de benefícios com o superávit do fundo) e a implantação do plano odontológico da Cassi, que apresentou superávit em 2007 e teria condições de atender o pleito. Os bancários ainda reivindicaram um aumento no período da licença-maternidade, principalmente para as mães que estão amamentando.
“A propaganda do Banco do Brasil na televisão sobre os 200 anos da instituição é maravilhosa e não lembra nem de longe a realidade vivida pelos bancários e clientes nas agências. O banco não aprendeu nada de gestão de pessoal em dois séculos. As péssimas condições de trabalho, o total desrespeito com os funcionários e clientes, tudo isso é uma vergonha para um banco público que jura ter responsabilidade social”, finalizou Marcel Barros.
Secretaria de Imprensa e Comunicação, com Contraf/CUT