15 de Abril de 2008 às 11:49
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Segundo reportagem publicada na segunda-feira (14 de abril) no portal brasiliense CorreioWeb, o Ministério Público do Trabalho vai investigar a abertura de novo concurso público para o Banco do Brasil. A decisão foi tomada pelo procurador do Trabalho Cristiano Paixão, com base em representação protocolada pelo deputado distrital Chico Leite (PT/DF), em 25 de março.
O Banco do Brasil tem 15 dias para explicar ao MPT porque decidiu ignorar o cadastro de reserva de concurso público realizado há dois anos. Segundo a matéria do CorreioWeb, o diretor de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, Juraci Masieiro, comentou que o motivo para a realização de novo concurso é acelerar a posse de novos funcionários, uma vez que teriam ocorrido 20% de desistência dos aprovados nos últimos dois anos. Segundo ele, a expectativa do banco é reduzir esse índice.
Cerca de 1,8 mil candidatos aprovados ainda não foram nomeados ao cargo de escriturário do Banco de Brasil, relativos ao concurso de 2006. Mesmo assim, a instituição resolveu abrir novas seleções para o mesmo cargo, nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Bahia e Distrito Federal. Uma comissão de aprovados no concurso pediu apoio para a prorrogação do prazo inicial do edital e convocação dos classificados, em vez de se lançar novo edital.
Eles alegam, que de acordo com o Superior Tribunal de Justiça, havendo candidatos aprovados no concurso, mas ainda não aproveitados pela Administração, a abertura de novo certame, quando ainda válido o anterior, é uma ofensa ao direito dos candidatos remanescentes, que têm direito de preferência sobre os aprovados na nova disputa.
“Uma vez que os concursos do banco são regionalizados, a Contraf/CUT defende o lançamento de novos editais, mas para suprir a demanda de funcionários das regiões não atendidas pelo concurso anterior”, avalia William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf/CUT e funcionário do BB.
Para ele, não existe justificativa para não chamar os trabalhadores já aprovados, até porque, em 2007, o banco dispensou sete mil funcionários que irão receber por até dez anos para ficar em casa. “Enquanto isso, as agências estão com o quadro reduzidíssimo em comparação com bancos concorrentes. O banco precisa deixar de lado a morosidade em contratar, aumentar a dotação de funcionários por dependência e chamar esses concursados já aprovados”, sustenta.
Contraf/CUT, com informações de Correioweb