2 de Agosto de 2019 às 11:50
Desmonte
Sem divulgar o impacto financeiro do Programa Adequação de Quadros (PAQ) e o justificando apenas como “medida para ampliar a competitividade”, a nova diretoria do Banco do Brasil mostra que abandonou completamente a definição de banco público na instituição.
A previsão é que o PAQ corte 2,2% do quadro de empregados, utilizando para isso a eliminação de cargos considerados sobressalentes. Os empregados que não conseguirem realocação deverão participar de um processo de desligamento incentivado.
Até agora foram divulgados alguns números da decisão da diretoria do Banco do Brasil.
Segundo Wagner Nascimento, coordenador da comissão de empresas dos funcionários do Banco do Brasil pela Contraf-CUT, o boato já existia há tempos.
“Já havia rumores sobre os ajustes de quadros, porém não se sabia como seria feito e nem quando. Chegamos a divulgar uma nota desmentindo o boato de que as entidades representantes dos trabalhadores saberiam dos planos do banco”, afirma.
Outro rumor que está em alta é o de que o jornal Correio Brasiliense estaria sendo utilizado pelo Banco do Brasil como canal preferencial para vazamentos seletivos. Segundo o MNOB – Movimento Nacional de Oposição Bancária, em postagem em rede social no domingo 28, o veículo de imprensa tem causado imensa apreensão nos empregados do banco.
Perguntado, o Banco do Brasil apenas enviou o documento disparado à toda a imprensa falando sobre o PAQ e frisando que não haverá corte de pessoal, apenas remanejamento.
Empregados que optarem pelo desligamento serão incentivados pela instituição. Os valores são de até 7,8 salários para os funcionários que têm até 20 anos de trabalho na instituição e 9,8 salários para quem tem mais de 20 anos de casa. O teto para a remuneração é de R$200 mil.
Fonte: SEEB/São Paulo
Link: https://sindicario.com.br/banco-do-brasil/paq-e-eufemismo-para-cortes-no-banco-do-brasil/