29 de Setembro de 2008 às 19:45
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Terminou sem avanços a segunda rodada de negociação das reivindicações específicas do funcionalismo do Banco do Brasil, realizada nesta segunda-feira, 29, em Brasília entre a direção do BB e o Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários. Foram discutidas a PLR, questões referentes à fusão com o Besc e as ressalvas à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
“Isso mostra que a direção do banco está em compasso de espera, para ver a reação do funcionalismo na greve da categoria desta terça-feira”, avalia Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa. “Por isso é importante que os funcionários do BB compareçam às assembléias e façam a greve de advertência de 24 horas junto com os demais bancários”.
PLR – O banco afirmou na negociação desta segunda-feira que pretende manter o modelo de PLR adotado nos últimos semestres.
Os representantes dos funcionários propuseram que o valor de salários paradigmas para o cálculo da PLR seja aumentado na proporção do crescimento do lucro, ou seja, 64% do E-6 para escriturários, E-6 mais comissão de caixa para os caixas executivos. E para os comissionados, o VR (Valor de Referência) ou VR mais DM (Diferencial de Mercado), quando for o caso.
O Comando também propôs que o acordo seja anual, da mesma forma que o anterior. O banco se dispôs a analisar a proposta e responder numa nova rodada de negociação.
Cláusulas da CCT ressalvadas – O acordo aditivo do Banco do Brasil à CCT da categoria que está em vigor possui uma série de cláusulas que são mais vantajosas do que a Convenção Nacional dos Bancários que é assinada com a Fenaban. Entre essas cláusulas estão o salário de ingresso, estabilidade provisória de emprego etc.
Há outro grupo de cláusulas do acordo específico que adaptam a redação às especificidades do BB (cláusulas ressalvadas), entre as quais está a gratificação de caixa, que no banco é maior. E há ainda um terceiro grupos de cláusulas que só existem no BB, como delegado sindical, ponto eletrônico, cinco dias de faltas abonadas etc.
Na negociação desta segunda-feira, foram discutidas as cláusulas ressalvadas, do segundo grupo. O banco afirmou que como elas dependem do resultado das negociações com a Fenaban, vai avaliar e apresentar proposta na próxima rodada de negociação.
Besc – Foi reafirmada a negociação específica para tratar de assuntos referentes à incorporação do Besc. A negociação deverá ocorrer no próximo dia 1º de outubro, em Florianópolis.
Contraf/CUT