23 de Abril de 2014 às 16:00

Bancários cruzam os braços e agências do HSBC não abrem em Campo Grande

DIA DE LUTA

Trabalhadores protestam contra desmandos do banco inglês

Os funcionários do HSBC em Campo Grande cruzaram os braços e paralisaram as suas atividades nesta quarta-feira (23). O motivo foi o Dia Nacional de Luta pela manutenção do emprego e contra os desmandos do banco inglês. Uma carta aberta foi distribuída aos clientes.

A situação dos quase 23 mil funcionários do HSBC nunca esteve tão ruim. Por consequência, o banco inglês não oferece os serviços de atendimento com a qualidade e presteza que clientes e usuários merecem. Por isso, sobram filas, demora no atendimento e na solução dos problemas.

Demissões, fechamento de agências, falta de funcionários, aumento da pressão e do assédio moral para o atingimento de metas absurdas, discriminação e perseguição aos adoecidos pelo trabalho, seguidas por mudanças constantes no modelo de negócios, gerando insegurança no trabalho. Essa tem sido a característica da atuação do banco no Brasil ao longo desses anos.

Apesar de ser um dos maiores bancos do planeta, com lucro mundial de U$ 16,2 bilhões (R$ 37 bilhões) no ano de 2013, no Brasil a sua política é reduzir custos. Somente nestes primeiros três meses do ano, 20 agências já foram fechadas no país e 142 funcionários dispensados. O que aponta que essa situação pode piorar ainda mais.

De acordo com o secretário de finanças do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Valdecyr Pereira Rios, na semana passada o banco anunciou que vai fechar 20 agências em todo Brasil até o final de abril. "Num período de 25 dias, pelos menos 7 funcionários foram mandados embora só em Campo Grande e região. As agências do HSBC estão atendendo com poucos funcionários, o que acaba sobrecarregando o trabalhador. Tem gente que chega a esperar por atendimento por mais de 1h".

Para aumentar as incertezas, o HSBC inicia mais um processo de mudanças no Brasil, com a transformação de agências convencionais nas chamadas "agências de negócios", com menor estrutura e em sua filosofia de relacionamento com clientes, baseada na "venda responsável de produtos".

Para as entidades sindicais, essa forma correta de se relacionar com clientes e usuários não pode servir para o banco repassar as responsabilidades institucionais para as "costas" de seus funcionários, aumentando ainda mais as cobranças e o patrulhamento interno, sem readequar a sua estrutura interna e de fato dar as condições objetivas para que isso aconteça.

Denunciamos que os funcionários do HSBC no Brasil não podem ser feitos de "bodes expiatórios" para práticas de gestão condenáveis, quando de fato não forem suas responsabilidades.

Por isso, nesta quarta-feira, dia nacional de luta, exigimos que o HSBC respeite o Brasil, os seus clientes e os 23 mil funcionários restantes e contamos com a compreensão e o apoio de todos os brasileiros.

Galeria de Fotos

Convênios saiba +

Clube de campo saiba +

Jogos/ Resultadossaiba +

Parceiros