28 de Novembro de 2008 às 11:10

Bancários protestam contra HSBC no RJ e em MG

O Sindicato dos bancários de Niterói e Região paralisou durante duas horas o HSBC Plaza, no Centro de Niterói, na quinta-feira, dia 27. A manifestação faz parte do Dia Nacional de Luta do HSBC, contra as demissões em massa que o banco iniciou este mês. Num só dia, foram demitidos quatro bancários em Niterói e Região e 95 no Rio de Janeiro. No Brasil, foram mais de 200.
 
Com o tema “Papai Noel do Mal”, a manifestação na agência HSBC teve banda de música, faixas, cartazes e distribuição de carta aberta à população. “As demissões foram mais um desrespeito do banco, que, além de demitir em massa, o faz próximo ao Natal”, protestou o sindicalista Rubens Branquinho, representante da Federação dos Bancários RJ-ES na Comissão de Organização dos Empregados do HSBC.
 
O que o Sindicato dos bancários de Niterói e região exige do HSBC
 
- Fim imediato das demissões;
- Readmissão dos trabalhadores com problemas de saúde relacionados ao trabalho;
- Respeito e valorização dos funcionários;
- Contratação de mais funcionários nas agências;
- Cumprimento da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe demissões imotivadas;
- Fim das filas e melhoria no atendimento aos clientes;
- Fim do projeto de transformação da agências em lojas de negócios (HSBC+Losango).
 
Festa da diretoria é cancelada – O banco cancelou a festa de fim de ano que a diretoria regional da Rede Leste para comemorar os bons resultados do banco. A razão para o cancelamento não pode ser outra senão o medo de haver manifestação do Sindicato contra as demissões, como aconteceu no ano passado. “O HSBC tem que se preocupar em criar motivos para comemorações dos seus funcionários, e não em fazer festa em meio às demissões em massa às vesperas do Natal”, disse Rubens Branquinho.
 
Banco sem palavra – As demissões também são mais uma quebra da palavra do banco, que
afirmou seguidas vezes, em negociação com representantes dos bancários, que não haveria demissão em massa. Nos últimos anos, o HSBC teve lucros exorbitantes no Brasil por conta do bom trabalho desenvolvido pelos bancários. Como a categoria acaba de sair vitoriosa de uma campanha salarial em que houve aumento real e outras conquistas, fica a impressão de que o banco está querendo compensar esses ganhos dos trabalhadores com demissões.
 
No próprio dia dos cortes em Niterói e Região, 14 de novembro, o Sindicato fez manifestação na agência Fonseca, que funciona ao lado de uma unidade da financeira Losango, ligada ao banco. O banco alegou que houve redução da necessidade de mão-de-obra em função de mudanças tecnológicas efetuadas nos sistemas da empresa. Houve protestos dos funcionários em todo o País.

BH – O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte/MG e região (Seeb BH e região) realizou ontem, 27, ato contra a política de demissão em massa colocada em prática pelo HSBC. Quatro agências do banco na região central de BH retardaram em uma hora o atendimento a clientes e usuários.
 
A manifestação denunciou o processo de demissão em massa iniciado em abril, quando aproximadamente 380 bancários foram dispensados.
 
Apesar dos protestos das entidades representativas dos funcionários, as demissões continuam devido à implantação de projetos como “Gerente Virtual”, “Papa-filas” e “Lojas de Negócios”, dentre outros. O banco é o primeiro colocado, pela sexta vez consecutiva, no ranking de reclamações organizado pelo Banco Central.
 
Durante a manifestação os bancários exigiram o fim imediato das demissões; o cumprimento dos acordos acertados nas negociações; a readmissão dos trabalhadores lesionados; mais contratações; respeito e valorização dos funcionários; fim do horário estendido; fim das filas e atendimento digno aos clientes e o cumprimento da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que veta demissões imotivadas.
 
De acordo com o empregado do banco e diretor do Sindicato dos bancários de BH e região, Giovanni Alexandrino, as demissões em massa ao retirar o emprego de centenas de pais de família deixam claro que HSBC não tem nenhuma preocupação em cumprir o seu papel social.
 

Já para o empregado do banco e diretor do Sindicato dos bancários de BH e região Geraldo Rodrigues, as demissões prejudicam o atendimento aos clientes e usuários e sobrecarregam os funcionários. “Os mais prejudicados são os bancários que continuam exercendo jornadas estafantes de trabalho e sofrendo com as cobranças de metas absurdas”, ressaltou.

Feeb/RJ-ES e Seeb/BH e Região
 

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