Banco HSBC

O senador e presidente da CPI do HSBC, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), está desapontado com a falta de rumo dos trabalhos de investigação. Ele diz que há um movimento querendo fazer “água” na comissão, criada após o vazamento de arquivos da filial suíça do banco inglês, que orientava seus clientes a burlar o Imposto de Renda e o fisco de seus respectivos países.

Em entrevista para o Portal IG, Rodrigues não escondeu o descontentamento de seus colegas, que, segundo ele, buscam esvaziar a CPI. Para o senador, a comissão é uma das mais importantes da história brasileira, pois investiga a evasão de divisas de US$ 7 bilhões. “Não vou deixar que se transforme em pizza. E, se for para se transformar em pizza, não serei o entregador”, alerta.

O presidente da CPI cobra, principalmente, que sejam aprovados a quebra de sigilo bancário dos investigados que, até o momento, não aconteceu. Nesta terça-feira, 09 de junho, a comissão deve ouvir Henry Hoyer, que chegou a ser apontado como um possível substituto do doleiro Alberto Youssef na Operação Lava Jato.

Indignação

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, preocupado com a estagnação dos trabalhos, cobra agilidade e comprometimento dos políticos envolvidos na CPI. Para a secretária da igualdade, oportunidades e diversidade do Sindicato, Edna Andreiu, o assunto não pode ser simplesmente esquecido. “Estamos tomados pelo sentimento de indignação. As investigações não podem parar. A CPI deve ser tratada com mais seriedade pelo nosso governo”, destaca.

A coordenadora nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, Cristiane Zacarias, lamenta a falta de empenho das investigações. “A sociedade cobra um pulso mais firme dos políticos para não deixar que esta CPI se transforme em nada. Um crime foi cometido. Não pode ficar impune”, afirma.

Autor: Flávio Augusto Laginski

Fonte: Especial HSBC/SEEB Curitiba