9 de Julho de 2007 às 10:57

Contraf auxilia bancários chilenos em negociação com o Itaú

(São Paulo) A Contraf-CUT está intermediando uma reunião entre representantes dos funcionários do Itaú-Chile e a direção do banco no Brasil. O pedido foi feito pelo sindicato dos trabalhadores do Itaú no Chile, criado no ano passado, e pela CSTEBA, entidade bancária nacional do Chile.
 
O secretário-geral da Contraf-CUT, Caros Cordeiro, entrou em contato com a direção do banco e solicitou o agendamento de reunião entre os trabalhadores chilenos e o RH do Itaú. O banco até agora não respondeu. Os bancários chilenos terão uma assembléia no próximo dia 12. Caso as negociações não avancem, a tendência é a aprovação de greve.
 
Histórico – Os funcionários do Itaú têm uma das piores condições do Chile. Para se ter uma idéia, segundo dados do sindicato chileno, o salário mínimo conseguido em negociação é equivalente a 486 dólares, sendo que apenas com leite, pão e transporte um trabalhador gasta um terço disso.
 
O motivo para essa situação é que o BankBoston, cuja aquisição foi a porta de entrada para o banco brasileiro no mercado daquele país, adotava uma política fortemente anti-sindical, impedindo por 17 anos a organização de seus trabalhadores. Apenas com a chegada do Itaú esses bancários puderam se organizar.
 
“O Itaú é uma das empresas mais lucrativas do Chile e tem plenas condições de dar melhores salários e condições de trabalho a seus funcionários”, afirma Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT. Para se ter uma idéia, o banco praticamente dobrou seu lucro do ano passado para este. “Há bancos com resultados piores que os do Itaú cujos trabalhadores têm benefícios muito maiores”, sustenta.
 
Articulação – A Contraf-CUT, juntamente com outras entidades nacionais de bancários da América Latina, criaram, através da Uni América Finanças e da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), o Comitê Internacional de Trabalhadores do Itaú. “É mais um passo na organização dos trabalhadores na América do Sul”, avalia Ricardo Jacques. “Naturalmente, a Contraf, por ser a organização sindical do país sede do banco, terá papel importante em todas estas negociações”, sustenta.
 
Fonte: Contraf-CUT

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