4 de Novembro de 2008 às 01:13
“Estamos olhando o negócio para crescer. Claro que há sobreposições, mas olhando em três ou quatro anos, teremos mais empregados do que hoje”, disse Salles, que ocupará a presidência do Conselho de Administração do novo banco.
“As agências [quase quatro mil] serão somadas. Não há motivo para fechá-la, até porque possuem um alto nível de rentabilidade, exceto em alguns casos muito específicos”, disse Setubal. “Não haverá programas de demissão”, disse, sem descartar que ocorram demissões pontuais.
“Claro que hoje há gente preocupada e angustiada nos dois bancos. Mas temos que saber administrar isso”, disse Moreira Salles lembrando que os dois bancos possuem “uma excelente gama de talentos”.
Sobre isso, o presidente da Federação dos Bancários da CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Estado de São Paulo, Sebastião Geraldo Cardozo, informou em nota hoje que “vê com preocupação” a fusão, pois a formação do conglomerado pode significar o corte de postos de trabalho.
Já a Contraf/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) afirmou que entrou em contato com o Itaú assim que a fusão foi anunciada, para “marcar uma reunião, ainda nesta semana, para discutir a união das duas instituições”.
“Uma operação desse tamanho nos causa muita preocupação, uma vez que fusões anteriores do Itaú provocaram demissões de trabalhadores. A Contraf/CUT e os sindicatos estão em alerta para tomar todas as medidas possíveis para garantir os empregos e os direitos dos bancários”, disse o secretário-geral da entidade, Carlos Cordeiro.
Segundo a Contraf, 80 mil bancários trabalham nos dois bancos, sendo 52 mil no Itaú e 28 mil no Unibanco. O montante responde por quase 20% do número total de bancários no País.
Ygor Salles, da Folha Online
Link: https://sindicario.com.br/banco-itau/fusao-itauunibanco-nao-preve-demissoes-dizem-executivos/