Banco Santander

Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

Nesse último fim de semana, duas agências do Santander, em Campo Grande, foram alvos de criminosos. As unidades das avenidas Afonso Pena e Coronel Antonino tiveram os caixas eletrônicos arrombados. A polícia não informou se os bandidos conseguiram levar dinheiro.

Para o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, este é mais um reflexo da falta de segurança das agências nos finais de semana e no horário noturno. As entidades que representam os bancários defendem a necessidade de vigilante armado durante todo o tempo que os caixas eletrônicos estão disponíveis ao público, e não somente no horário comercial dos bancos.

Não é de hoje que a entidade faz alertas sobre a fragilidade de segurança das agências. O sindicato pretende levar o tema, mais uma vez, para ser discutido com a Contraf-CUT e a Fetec Centro-Norte, para que juntos consigam cobrar mais segurança dos bancos e da Fenaban. Os diretores da entidade também estão procurando as autoridades do Estado para fazer um debate sobre o assunto.

Segurança X Lucro

O Brasil é o país onde o Santander registra maior lucro, mas o banco pouco retribui para os funcionários e os próprios clientes. Enquanto a segurança das agências ainda é deixada em segundo plano pelos bancos, o banco lucrou R$ 7,3 bilhões, com crescimento de 10,8% em relação a 2015. O resultado coloca as operações brasileiras na liderança global do grupo espanhol, com 21% de participação no lucro mundial do banco.

Apesar disso, o banco encerrou o ano de 2016 com 47.254 empregados, uma redução de 2.770 postos de trabalho em relação a 2015. Foram fechadas 8 agências nesse período, enquanto o número de clientes cresceu em 1,9 milhão.

Interior

O problema também se repete em pequenas cidades do interior que, em razão do pouco efetivo policial, viraram alvos preferenciais dessas quadrilhas. Só este ano, bandidos explodiram caixas eletrônicos em Figueirão e Nioaque. Assista ao vídeo abaixo sobre o assunto - o presidente do sindicato, Edvaldo Barros, falou sobre esses ataques em entrevista a Capital FM 95.