7 de Julho de 2021 às 08:46

Santander piora a vida dos trabalhadores afastados

Plano de saúde

Como se não bastasse estar doente e, por conta disso, afastado do trabalho, o banco Santander ainda piora a saúde mental, emocional e física dos trabalhadores que se encontram nessa condição. Uma das medidas nesse sentido é o desconto da assistência médica na conta corrente dos bancários que estão afastados sem remuneração e sem direito à complementação salarial prevista em cláusula na CCT (veja ao final da matéria, box com os casos em que o trabalhador fica sem remuneração e sem complemento).

Antes o banco mantinha o desconto da assistência médica na folha de pagamento para todos os trabalhadores afastados, independentemente de ter ou não complementação salarial. Nesse caso, o bancário contraía uma dívida com o banco/RH/empregador decorrente da sua relação de emprego, e não tinha que pagar juros. Agora, com o desconto em conta corrente do trabalhador, isso gera encargos e taxas caso o funcionário não tenha dinheiro na conta. O Santander alega que passou a fazer isso porque se trata de uma relação de consumo.

“É no mínimo insensibilidade por parte do banco com a situação desses funcionários. Ainda que o trabalhador esteja recebendo benefício do INSS, isso se torna um problema, porque a cobrança da assistência médica pode cair na conta antes do crédito do benefício, o que também vai gerar juros sobre essa dívida. Mas, na maioria das vezes, os trabalhadores estão sem benefício do INSS e sem salário, e o problema é ainda maior. Vira uma bola de neve, com a dívida aumentando ainda mais por conta dos encargos bancários”, destaca Ana Marta, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Santander.

A dirigente informa que o Sindicato já encaminhou um pedido de reunião com o banco para tratar do assunto. Os representantes dos trabalhadores estão reivindicando que o débito permaneça ocorrendo na folha de pagamento. Reivindicam ainda que, no retorno ao trabalho, se o saldo da dívida com a assistência médica for superior a 30% do salário, que seja efetuado o parcelamento do desconto.

“Ressaltamos ainda que a mensalidade da assistência médica e a coparticipação vêm sofrendo mudanças e aumento muito acima da inflação desde 2013, e a cada ano pesando mais nos salários e no bolso dos trabalhadores”, acrescenta.

Fonte: SP Bancários

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