Banco Santander

Precarização: sindicatos não descartam novas ações, se providências não forem tomadas pelo Santander

Após diversas atividades e muita pressão dos sindicatos de Campo Grande e Dourados, aconteceu no dia 16 de maio reunião entre a direção regional do Santander e as duas entidades. Participou do encontro Arilson da Silva, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) na Comissão de Organização dos Empregados do Santander (COE-Santander). Arilson também é presidente do Sindicato dos Bancários do Mato Grosso.

Dourados foi representado na negociação pelo presidente do Sindicato dos Bancários daquela região, Raul Verão, além dos funcionários do Santander Laudelino Vieira e Walter Teruo, integrantes da entidade douradense.

Pelo Sindicato de Campo Grande participaram a presidenta Iaci Azamor Torres, o secretário de Assuntos Jurídicos, Cícero, e os secretários Élio Sandim e Valdemir Cardoso, funcionários do Santander, e Neide. O banco foi representado por Fabiana e Márcio, ambos da Relações Sindicais, e pela Regional Lauren.

Em pauta na negociação: a falta de funcionários, ergonomia, as péssimas condições de trabalho, assédio moral, extrapolação de jornada e sobrecarga de trabalho, problemas enfrentados em unidades das duas cidades.

Raul Verão destacou que nas duas unidades de Dourados o banco já recebeu 26 autuações do Ministério Público do Trabalho devido a infrações relacionadas principalmente a ergonomia e falta de empregados.

Iaci, presidenta do SeebCG-MS,  relatou o grande número de empregados afastados por motivos de saúde e que muitos, mesmo com problemas, não procuram tratamento com receio de ficar de licença e serem prejudicados na agência.

Ao final, os representantes do banco comunicaram que não parte da direção nacional este modelo de gestão “predadora” e que estão dispostos a dialogar com os sindicatos na busca de soluções. Fabiana se comprometeu a enviar um médico do trabalho para visitar as unidades do Santander e monitorar todos esses problemas relacionados a saúde, ergonomia, funcionários licenciados, tomando as medidas necessárias para garantir a saúde dos trabalhadores.

Os dirigentes sindicais ratificaram que estão abertos ao diálogo, porém, sempre que as providências não forem efetivadas, realizarão todas as ações possíveis para garantir os direitos e a saúde dos trabalhadores.