Sindicato cobra o fim das fraudes na contratação e demissões no Santander

4 de Novembro de 2025 às 12:57

Sindicato cobra o fim das fraudes na contratação e demissões no Santander

Dia de Mobilização

Nesta terça-feira, 04 de novembro, foi realizado o Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Trabalhadores e dos Clientes do banco Santander. Em Campo Grande, os diretores do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região se mobilizaram em frente à agência da Barão do Rio Branco para denunciar um modelo de gestão baseado na precarização e na terceirização.

Além de afixarem faixas de protesto, os diretores sindicais conversaram diretamente com os clientes e distribuíram uma carta aberta à sociedade (clique aqui e leia a carta), informando sobre as arbitrariedades desta gestão do Santander.

Enquanto lucrou R$ 11,5 bilhões nos nove primeiros meses de 2025, crescimento de 15,1%, Santander fecha agências, abandona comunidades e sobrecarrega seus trabalhadores, impondo metas abusivas e condições de trabalho insustentáveis.

“Nossa paralisação é em virtude da atitude que o banco Santander tem tomado, cometendo infrações graves como contratações fraudulentas, demissões e fechamento de postos de atendimento. Essa é uma gestão que tem prejudicado a população e que tem gerado o adoecimento dos trabalhadores, vítimas das cobranças abusivas de metas. Vamos continuar lutando para que o Santander pare com essa arbitrariedade e garanta mais contratações e agências de portas abertas para a sociedade”, disse a presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.

“Aqui em Campo Grande, o número de agências foi reduzido para menos da metade, o que ceifa empregos, encerra agências e prejudica a sociedade, que está sendo mal atendida. O banco tem obtido bilhões em lucros e não reverte isso para a sociedade”, destaca o secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato e bancário do Santander, Vicente Cleber Aires Rodrigues.

A holding Santander encerrou o terceiro semestre de 2025 com 51.747 empregados, com fechamento de 3.288 postos de trabalho em doze meses, sendo que 2.171 postos foram eliminados no decorrer do 3º trimestre do ano. Em doze meses, foram fechados 585 pontos de atendimento, dos quais 157 foram fechados no trimestre. Já a base de clientes aumentou em quatro milhões em doze meses, totalizando 72,8 milhões.

Além disso, nos últimos anos, o Santander transferiu milhares de trabalhadores para outras empresas do mesmo grupo, com CNPJs diferentes, com o objetivo de retirá-los da categoria bancária, cortando inúmeros direitos e rebaixando a remuneração. Hoje, estima-se que 54% dos empregados estejam no banco e 46% nas demais empresas da holding.

“Condenamos essa gestão e exigimos que o banco assuma seu compromisso com a sociedade e seus funcionários. A contratação tem que ser direta, e não fraudulenta, através de terceirizadas, visando burlar os vínculos de emprego”, enfatiza Vicente Cleber.

“Exigimos que o Santander sente imediatamente à mesa de negociação com o movimento sindical para garantir mais contratações e um atendimento de qualidade”, ressalta Neide.