Caixa Econômica Federal

Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

Uma bancária da agência Paranoá foi mais uma vítima do descaso da Caixa Econômica Federal quanto às condições de trabalho. Ela foi violentamente agredida por uma cliente na tarde desta terça-feira (7), em mais um dia de agência superlotada por usuários em busca de informações sobre o saque do FGTS. 

Dez funcionários são lotados na unidade, mas apenas oito estão trabalhando. O resultado caótico já é conhecido dos empregados e há tempos vem sendo denunciado pelo Sindicato: agência superlotada, com poucos bancários, sobrecarregados e acuados, tendo que atender um número cada vez maior de clientes.

Se o estresse atinge em cheio os empregados, com os clientes a situação não é diferente. “Com a demora na fila, em pé, eles ficam agressivos e revoltados, e acabam descontando nos bancários, que não têm culpa do que está acontecendo. Pelo contrário, também são vítimas da irresponsabilidade da Caixa”, dispara Antonio Abdan, secretário de Comunicação do Sindicato e empregado da Caixa que compareceu à agência logo após o ocorrido.

“Não dá mais para lamentar a situação e ouvir da direção da Caixa que o problema é pontual. A realidade é que a empresa não tem estrutura para a demanda que foi criada e precisa pensar na adoção de uma política de contingência no que diz respeito especificamente à grande procura criada pelo FGTS: aumentar a segurança, interna e externa, e agendar atendimento ou aumentar a quantidade de atendentes”, sugere o diretor do Sindicato.

PDVE

E em meio a todo esse caos, a Caixa ainda promove um plano de demissão voluntária que vai diminuir ainda mais o número de empregados. E o pior: a empresa já avisou que não irá repor a mão de obra, criando uma situação de segurança ainda maior.

Até agora, cerca de 4.600 empregados aderiram ao programa.

Fonte: SEEB/Brasília