Caixa Econômica Federal

Os mais de 130 sindicatos representados pelo Comando Nacional dos Bancários farão passeatas no final do expediente bancário. Também na Caixa haverá mobilizações nesta mesma data, por decisão do 29º Conecef.

Nesta quinta-feira, dia 22 de agosto, os bancários vão às ruas em todo o país manifestar sua indignação diante da intransigência dos bancos, que nas duas rodadas duplas de negociação realizadas até agora na campanha salarial 2013 rejeitaram todas as propostas sobre saúde, condições de trabalho, segurança, emprego e igualdade de oportunidades. Os mais de 130 sindicatos representados pelo Comando Nacional dos Bancários farão passeatas no final do expediente bancário.

Benício Pereira Faustino, Diretor de Relações Sindicais do SEEB-CG-MS informa que em Campo Grande/MS o sindicato optou por promover uma grande  concentração no próprio sindicato, na Barão em frente ao Fórum, a partir da 18 horas,  para promover a mobilização e tratar de todos os assuntos de interesse da categoria, "é de fundamental importância que todos participem, levem suas inquietações, cobranças, necessidades e contribuições com a organização e construção do movimento reivindicatório, agora é a hora".

Na negociação específica da Caixa não foi diferente

da mesa única, segundo  Jair Pedro Ferreira - vice-presidente da Fenae e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), "o tema das condições de trabalho será uma das prioridades das negociações específicas. O objetivo, nesse caso, é acabar de uma vez por todas com a sobrecarga de trabalho nas unidades, pondo fim à frequente e desnecessária extrapolação da jornada, situação recorrente devido ao aumento da demanda e à falta de empregados". Ele afirma que a luta do movimento nacional dos empregados é para que a direção da Caixa aumente a média de trabalhadores por agência.

Até agora, no entanto, a Caixa rejeitou todas as propostas específicas sobre saúde do trabalhador, Saúde Caixa, condições de trabalho, aposentados, Prevhab e segurança bancária, nas duas rodadas ocorridas entre o Comando Nacional dos Bancários e os representantes da empresa.

Para contrapor-se a essa intransigência, os empregados da Caixa do Brasil inteiro vão estar, nesta quinta-feira (22), unidos e coesos com os trabalhadores de outras instituições financeiras, de modo a conquistar avanços tanto na mesa geral com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) quanto na mesa da pauta específica com a Caixa. Esse, aliás, é o espírito do Dia Nacional de Luta, com a realização de passeatas em todo o país.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) conclama as entidades sindicais a intensificarem a preparação dessas mobilizações, pois os banqueiros e as direções dos bancos públicos federais

só agem sob pressão.

Segundo Cícero Roberto dos Santos, Diretor de Assuntos Jurídicos do SEEB-CGMS, "os empregados da Caixa precisam  estar unidos, e, juntamente com todos os bancários participar  do movimento. Os  empregados da Caixa tem uma história de lutas desde a década de 80 quando nos tornamos bancários e conquistamos o direito a jornada de 6 horas. Atualmente, além da remuneração , lutamos novamente pelo cumprimento da jornada, contratação de mais empregados e combate ao assédio moral que está ocorrendo também aqui no MS em algumas unidades da Caixa. Se não houver participação dos empregados,  todas as nossas conquistas que tivemos ao longo de décadas  de lutas poderão ser

retiradas".

No dia 30 de agosto, por convocação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e das demais centrais sindicais, a categoria bancária pretende endossar a greve geral pelo atendimento das reivindicações constantes na pauta da classe trabalhadora.