16 de Novembro de 2007 às 11:43
A Caixa Econômica Federal apresentou na quarta-feira (14 de novembro) à Contraf/CUT o novo plano de apoio à aposentadoria da empresa. A proposta é direcionada aos empregados que já estão aposentados e continuam trabalhando, para aqueles que já estão aptos a se aposentar e aos que completarão o tempo de contribuição até o dia 31 de dezembro de 2008. O pré-requisito é ter no mínimo 15 anos de trabalho para a Caixa. Para os que ainda não completaram o período de contribuição, há mais uma exigência: ter no mínimo 48 anos de idade.
O plano de apoio à aposentadoria será divulgado pela Caixa na segunda-feira (19). Os empregados poderão aderir até o dia 31 de dezembro, sendo que o contrato de trabalho deverá ser encerrado entre 2 de janeiro e 29 de fevereiro de
Para a Contraf, o plano é um incentivo que poderá ou não atender as expectativas, com o trabalhador decidindo individualmente se irá aderir ou não. Porém, para os bancários que ainda não têm tempo para aposentadoria, a proposta funciona como um Plano de Demissão Voluntária. A confederação posicionou-se contrária ao projeto.
Para incentivar a aposentadoria, a Caixa propõe para os que estão aposentados cinco remunerações-base; e para os que se aposentam até 31 de dezembro de 2008, além das cinco remunerações, o banco garante o pagamento de até 12 meses de contribuição ao INSS (a parte do empregador e do empregado) e até 12 meses da contribuição da Funcef (só a parte do empregador), além da manutenção do Saúde Caixa (exceto se no final do período o trabalhador optar por não se aposentar).
Também é proposta a “preparação dos empregados para o futuro”, através de oficinas de reflexão, chamadas de “Vida Futura”. Há ainda a possibilidade de acompanhamento psicológico de curta duração (máximo de 12 sessões). A Caixa também oferece um plano de apoio ao desenvolvimento de empreendedores, com custeio de cursos de até R$ 650.
Crédito consignado – A Contraf/CUT cobrou na negociação outras questões de interesse dos bancários. Entre elas as taxas de juros dos empréstimos consignados dos empregados. Atualmente, a CEF não cumpre o acordo que fez com os trabalhadores de cobrar a menor taxa do mercado e exclui o aposentado. A promessa é de se o acordo será cumprido.
PMPP – Outro assunto em pauta foi o Plano de Melhoria de Proventos e Pensões. Quando a Funcef foi criada, parte dos empregados que já estava aposentada não pôde aderir ao novo fundo de pensão. Foi criado então o PMPP, e a Caixa tornou-se responsável por fazer o aporte de recursos necessários. O problema é que os valores estão congelados desde meados da década de 90. Depois de muita negociação, a Caixa aceitou incorporar os participantes do PMPP na Funcef. O problema deve ser solucionado até o início de dezembro.
PCS – A Caixa ainda atendeu ao pedido da Contraf/CUT e marcou para o próximo dia 27, às 10h, uma rodada de negociações para debater o Plano de Cargos e Salários. A unificação das tabelas do PCS é uma reivindicação importante dos funcionários, fazendo parte inclusive da pauta de isonomia definida no banco
De acordo com o negociado na Campanha, a referência 101 da tabela do PCS pós-98 será o piso da nova tabela. A proposta prevê ainda a incorporação das Vantagens Pessoais sobre o Salário Padrão (VP-SP) que corresponde a 1/3 dos salários dos empregados antigos (PCS 89), cuja referências 95 servirá de teto à nova tabela. Além disso, será procedida correção da curva relativa aos R$ 30 pagos na campanha nacional de 2004 aos empregados que ganhavam até R$ 1,5 mil.
De acordo com cronograma de implantação acertado na mesa de negociação, a proposta para o novo PCS deverá ser finalizada até 30 de abril e a implantação ocorrerá até 1º de julho de 2008. O ingresso na nova tabela se dará por adesão e aproximação. Será garantida a não redução salarial. A forma de progressão será por antigüidade e merecimento, cujos critérios também serão negociados até 30 de abril de 2008.
Secretaria de Imprensa e Comunicação, com Contraf/CUT
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