Mudanças que estão sendo implantadas na Caixa Econômica Federal desde que Pedro Guimarães assumiu a presidência do banco ferem o que determina o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado com os empregados. Esta é a Avaliação do coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) do banco, Dionísio Reis.
“A cláusula 48 do acordo garante que os impactos na vida funcional dos empregados ocasionados pela implantação de novos processos de trabalho devem ser debatidos na mesa de negociação permanente estabelecida entre o banco e as entidades de representação dos trabalhadores. Mas, as mudanças estão sendo implantadas sem que sejamos comunicados previamente”, disse o coordenador da CEE/Caixa.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou na segunda-feira (25) um ofício ao banco solicitando a paralisação da reestruturação do banco e a realização de uma reunião pata tratar do assunto. O ofício reitera, ainda, o compromisso da Caixa de comunicar previamente a CEE e a Contraf-CUT, antes de tornar pública a implementação de novos processos de trabalho.
O documento ressalta que “o debate junto à mesa de negociação permanente é imprescindível. Qualquer mudança a ser implementada deve resguardar os direitos e a saúde física e mental dos empregados”.
Segundo o coordenador da CEE/Caixa, desde que Pedro Guimarães assumiu à presidência da Caixa, muitas mudanças puderam ser sentidas pelos empregados. “Recebemos denúncias de que o presidente da Caixa trata os trabalhadores com arrogância e desrespeito. Os relatos apontam que situações de violência e assédio são mais sentidas na matriz do banco, em Brasília, onde ele trabalha”, disse.