Caixa Econômica Federal

Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

Reestruturação, privatização, terceirização, fechamento de agências e falta de transparência. São muitas as causas que acirram o clima de tensão que reina entre os empregados da Caixa. Para completar o desconforto e a apreensão dos bancários, nos últimos dias começaram os rumores de que o extinto RH 008 irá ressuscitar. Criada pelo governo FHC, a norma permitia demissões sem justa causa.

O secretário de Divulgação do Sindicato de São Paulo, Antonio Abdan, faz um alerta aos empregados da Caixa. “Temos que ter atenção redobrada neste momento, pois já existe grupo de trabalho no âmbito federal discutindo a possibilidade de demitir sem justa causa empregados concursados das estatais. E, segundo as más línguas, os trabalhos já estão bem avançados”.

Abdan lembra que o PDVE tinha por alvo os empregados aposentados pelo INSS que continuam na ativa e aqueles com função incorporada. O propósito da Caixa com o programa é o de reduzir custos com pessoal. Para isso, a intenção era desligar 10 mil trabalhadores, mas somente a metade aderiu. “Tememos que aqueles que não saíram sejam alvo de assédio, realocações arbitrárias e, no pior dos mundos, de demissão sem justa causa”, complementa Abdan.

O Sindicato lembra que se trata de rumores que infelizmente podem se concretizar. Por isso, é preciso ficar alerta e, coletivamente, se defender.

Demissões nos Correios

Outro fato que aponta para a volta do RH 008 tem a ver com o ataque às empresas públicas brasileiras, a exemplo dos Correios. Com a justificativa de preservar a empresa, em março deste ano, o presidente da estatal anunciou programa de demissão motivada, que em outras palavras significa demitir servidores concursados sem justa causa.

Não bastasse pressionar com a ameaça de demissão e de privatização, a empresa também suspendeu as férias dos seus funcionários até abril de 2018, o que só aumenta o clima de terror e tensão entre eles.

“Esses fatos mostram a urgência de o empregado da Caixa se mobilizar e participar das discussões e atos que temos feito contra o conjunto de medidas que a Caixa vem tomando contra a empresa e os trabalhadores”, destaca Abdan.

Fonte: SEEB/Brasília