27 de Abril de 2020 às 09:11

CEE/Caixa cobra banqueiros e governo responsabilidade por auxílio emergencial

Negociação

A Comissão Executiva dos Empregados participará, junto com o Comando Nacional dos Bancários, de reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a Caixa, nesta segunda-feira (27) às 10h (horário de Brasília). O objetivo é cobrar dos banqueiros e do governo solução para as enormes filas que não são de responsabilidade do empregado Caixa, apesar de todo o empenho no atendimento da população. Durante a reunião da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), nesta sexta-feira (24), outros temas foram debatidos.

Os empregados têm levado sua tarefa com muito orgulho, mas o pagamento do auxílio emergencial foi subdimensionado pelo governo. A demanda gerada pelo benefício supera em três vezes o que tinha sido planejado. São muitos brasileiros que dependem auxílio e é absolutamente imprescindível que o governo garanta o cadastro, a análise e o pagamento célere para todos, mesmo para os que não tem acesso a celular ou internet.

A Comissão avaliou que a informação para a população sobre o auxílio emergencial é uma responsabilidade do governo federal. A Comissão reivindica com a Caixa uma campanha para esclarecer a população, evitando a ida às agências e desafogando as filas. Com a proximidade do saque em dinheiro do auxílio e a ampliação das pessoas que poderão receber o benefício, o temor está ainda maior.

"O governo brasileiro tinha que fazer contato com as prefeituras, informar a população nos bairros e cadastrar a todos nos bairros. A população está passando fome, tem que receber o auxílio emergencial e quem está fazendo esse enfrentamento é o empregado da Caixa", afirmou o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), junto com a coordenação da CEE, se reuniu também com os movimentos sociais para avaliar possíveis medidas a serem tomadas e para que a informação atinja esse público.

Estiveram presentes Central Única das Favelas (CUFA), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), União Nacional da Moradia, Movimento Nacional Popular pede Rua, Frente de Luta pela Moradia, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) União Nacional pela Moradia, Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR) e outras organizações.

"É muito importante que os movimentos participem dessa cobrança do governo e mais que isso que elas possam formar uma rede de informação para chegar a população onde ela vive", avaliou o coordenador da CEE/Caixa.

Outro ponto da reunião da CEE/Caixa foi a cobrança pela testagem dos empregados. A CEE/Caixa vai reivindicar a testagem em massa dos trabalhadores para a Covid 19. Além da cobrança que já está sendo feita de vacinação.

Respeito a Jornada

Após ter que cobrar respeito a jornada dos empregados em trabalho remoto, pois algumas chefias extrapolavam a jornada aproveitando da distância, agora chegam novas denúncias de irregularidade. Os empregados que trabalhando nas agências estão registrados como trabalho remoto. Nesse caso os empregados devem registrar o ponto corretamente para evitar processos apuratórios, por segurança, e para receber corretamente pelo trabalho em horas extraordinárias.

Manutenção do Rodízio

Chefes estão convocando os trabalhadores para retornar ao trabalho. A CEE/Caixa lembra que o trabalho remoto e o rodízio vieram para preservar vidas e a saúde dos trabalhadores e da população, além de salvaguardar o atendimento. O rodízio deve ser adotado para todos inclusive para os Gerentes Gerais (GG) e os Superintendentes Executivos de Varejo (SEV), além de todos os terceirizados que estão expostos ao mesmo ambiente dos empregados.

Apoio para as filas

Mais uma solicitação da CEE/Caixa foi atendida pela gestão da Caixa. O banco público vem implementando pelas agências menores os vigilantes e recepcionistas para ajudar a organizar as filas. Em algumas agências.

Carta ao presidente da Caixa

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), orientada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), enviou carta aberta de reivindicações durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) para a direção da Caixa no dia 15 de abril. Entre os principais pontos estão a instituição do sistema de agendamento por telefone, plano de saúde para todos, organização de filas por profissionais especializados, antecipação do calendário de vacinação, EPI e campanha de esclarecimento.

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