25 de Março de 2015 às 12:02

CEE/Caixa – Contraf/CUT, Fenae e outras entidades cobram mais contratações na Caixa

Mais contratações na Caixa

Crescimento da demanda e do volume de operações tem agravado problemas nas unidades do banco, como a sobrecarga de trabalho. Aposentadoria de empregados por meio do PAA torna a necessidade de novas contratações ainda mais urgente

As negociações permanentes entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa – Contraf/CUT) e a Caixa Econômica Federal serão retomadas na terça-feira da próxima semana, dia 31 de março. Um dos itens da pauta desta primeira reunião do ano é a convocação de concursados. As entidades do movimento sindical e associativo reforçam que há a necessidade de acelerar o ritmo das contratações. O crescimento da demanda e do volume de operações tem agravado problemas nas unidades do banco, como a sobrecarga de trabalho.

“O que já era necessário está se tornando uma urgência em razão do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). Cerca de 2 mil empregados já aderiram até o momento. É essencial que haja, no mínimo, a reposição de todos que vão sair, bem como uma transferência de conhecimento para os que serão convocados. Só assim não teremos a piora das condições de trabalho nas agências”, afirma Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa – Contraf/CUT e diretora de Administração e Finanças da Fenae.

O prazo para aderir ao PAA 2015 foi aberto pela empresa no dia 27 de fevereiro e segue até 30 de abril. As rescisões dos contratos começaram no dia 9 de março e serão feitas até 29 de maio. O plano contempla empregados da Caixa que já estão aposentados pelo INSS e continuam trabalhando, e ainda os que estarão aptos a se aposentar. Uma das exigências é ter idade mínima de 48 anos até o fim do período de desligamento. Estima-se que pouco mais de 11 mil trabalhadores estão aptos a deixarem o banco por meio do PAA.

O tema também deve ser debatido nesta quarta-feira, dia 25 de março, em uma reunião da área de Recursos Humanos da Caixa com a presidente Miriam Belchior. “Esperamos que ela compreenda a real necessidade de reforçar o quadro de pessoal”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. Ele argumenta: “O banco se tornou, sobretudo na última década, parceiro estratégico do Estado. Paga milhões de benefícios sociais e disponibiliza cada vez mais recursos para crédito e habitação, por exemplo. Esse protagonismo exige atendimento de qualidade à população, o que só é possível com condições dignas de trabalho e empregados valorizados”.

Contratações são necessárias

Uma das conquistas da campanha salarial do ano passado foi a contratação de mais dois mil empregados até dezembro de 2015. O banco conta hoje com 101,5 mil trabalhadores, quantitativo ainda insuficiente. Entre 2002 e 2014, o total de unidades do banco passou de 2.082 para 4.025, alta de 93%. O número de empregados aumentou 82%. Já a base de clientes, neste período, passou de 23,1 milhões para 78,3 milhões, quase 240% a mais.

Há que se considerar ainda o papel social da Caixa. No ano passado, os programas de transferência de renda distribuíram R$ 28 bilhões por meio de 176 milhões de benefícios. Desses, cerca de 161,7 milhões se referem ao Bolsa Família, totalizando R$ 26 bilhões. Em relação aos programas voltados ao trabalhador, como seguro-desemprego, abono salarial e PIS, a instituição foi responsável pelo pagamento de 173,5 milhões de benefícios. No período também foram pagas 66,3 milhões de pensões e aposentadorias do INSS, que somaram R$ 67,4 bilhões.

Fonte: Fenae Net

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